ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, DOMINGO  17    CAMPO GRANDE 26º

Economia

De olho em novos mercados, governo lança comitê de prevenção da aftosa

Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) assinou decreto que cria o comitê durante solenidade na Famasul

Izabela Sanchez e Leonardo Rocha | 29/08/2018 11:21
O secretário da Semagro, Jaime Verruck ao lado do governador Reinaldo Azambuja, que assinou decreto que cria o Comitê Estadual de Prevenção e Erradicação da Aftosa (Leonardo Rocha)
O secretário da Semagro, Jaime Verruck ao lado do governador Reinaldo Azambuja, que assinou decreto que cria o Comitê Estadual de Prevenção e Erradicação da Aftosa (Leonardo Rocha)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) participou, nesta quarta-feira (29), do lançamento do programa nacional de erradicação da febre aftosa, na Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul). Durante a solenidade, Azambuja assinou decreto que cria o Comitê Estadual de Prevenção e Erradicação da Aftosa. O objetivo principal é tornar Mato Grosso do Sul “área livre” da doença, para que atraia novos mercados para exportação de carne.

O comitê será composto por 17 entidades, incluindo o governo. O objetivo é que, até 2021, o Estado deixe de ter o status “sem aftosa com vacinação” e passe para “aftosa sem vacinação”. O governador explicou que o aumento da vigilância e fiscalização também deve contemplar a passagem de mercadorias e produtos dentro do Estado.

“É fundamental que até 2021 o Estado seja área livre de aftosa e tenha um controle de vigilância acima da média pra que possa avançar não só na saúde, mas também do ponto de vista econômico. Quando passar para o Brasil e para o mundo que tem uma vigilância sanitária muito eficiente, vai abrir novos mercados, inclusive no exterior, e vai ter ganho de renda e lucro para o setor produtivo”, comentou o governador.

Reinaldo destacou que os países estrangeiros considerados protecionistas exigem uma série de critérios de vigilância e fiscalização quando adquirem produtos de fora. Dessa forma, afirmou, se Mato Grosso do Sul estiver “ótimo” nesses quesitos, vai aumentar a renda e melhorar a economia, especialmente na venda de carne.

Além do comitê, foi criado um fundo estadual para erradicação da febre aftosa. O fundo, abastecido com recursos públicos, deve custear ações de emergência do comitê. Um foco de aftosa, por exemplo, deverá ser combatido com recursos do Fundo. O comitê também vai pedir à bancada federal aumento dos recursos do Ministério da Agricultura gastos em defesa sanitária.

Hoje, de acordo com o titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, o valor aplicado anualmente pelo Ministério é de R$ 200 milhões. O comitê vai tentar aumento de, ao menos, R$ 150 milhões.

Conforme o secretário, a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) já divulgou novas ações que se adequam aos procedimentos de fiscalização pedidos pelo governo federal. Entre ações, a Iagro pretende criar novos postos de fiscalização na fronteira e mudar a forma de fiscalizar produtos e pecuária.

Antes, a área fiscalizada contemplava microrregiões e agora deve ser por quadrante, ou seja, quatro municípios próximos uns dos outros deverão ser fiscalizados. Serão criados mais de 50 postos de vigilância para exercer mais controle sobre a circulação de animais dentro de Mato Grosso do Sul. Além disso, haverá aumento do controle das rotas, por meio de fiscalização eletrônica.

Nos siga no Google Notícias