Devendo R$ 698 mil, Lojas Marisa deve deixar Shopping Norte Sul

Nem bem se livrou de ação de despejo movida pela empresa administradora do Shopping Campo Grande, na Capital, e as Lojas Marisa já enfrentam outra medida igual, só que em relação ao Shopping Norte Sul Plaza.

A Justiça determinou que a rede de lojas de departamento desocupe a sala comercial que ocupa no segundo centro comercial, no prazo de 15 dias. A decisão atende a pedido liminar de despejo movido por Argopar Empreendimentos e Participações Ltda e Hannah Engenharia e Construção Ltda, responsáveis pelo shopping.

As Lojas Marisa devem R$ 698.576,33 em mensalidades atrasadas desde fevereiro deste ano às administradoras do Shopping Norte Sul Plaza. O valor soma aluguéis e outros encargos, como o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), além de juros e multas.

A rede desembolsou, em 7 de julho, R$ 429.606,00 para pagar o que devia em relação à loja do Shopping Campo Grande. Somado ao que é cobrado pelo Norte Sul, o valor ultrapassa R$ 1 milhão em dívidas com os dois maiores centros comerciais da capital de Mato Grosso do Sul, escancarando crise da companhia.

Nos autos - A defesa da rede Marisa lançou nos autos comprovante do depósito em relação ao Shopping Campo Grande, no entanto, ainda não se manifestou judicialmente em relação à ordem de despejo do Shopping Norte Sul e ao pagamento dos aluguéis.

A reportagem questionou a assessoria de imprensa das Lojas Marisa sobre a desocupação, que informou já celebrado acordo para permanência no local. "As unidades localizadas em Campo Grande seguirão operando normalmente", pontuou.

Fechamento de lojas - A companhia admitiu, em nota, o fechamento de 88 lojas em todo o Brasil. O plano inicial era fechar 92 lojas com geração negativa de caixa durante o segundo trimestre de 2023.

"Visando a preservação de pontos em que foram identificadas melhorias que ainda podem resultar em maior eficiência operacional, a companhia optou pelo encerramento de um total de 88 lojas – das quais 59 unidades de rua e 29 em shopping centers", detalhou.

A ideia é manter a rede ativa, com número menor de lojas e redução das atividades operacionais, para garantir que o negócio siga sustentável. Em Mato Grosso do Sul, há quatro franquias da rede: três em Campo Grande e uma em Dourados.

A empresa admitiu, ainda, dívida com fornecedores e com proprietários dos imóveis ocupados. Em relação aos aluguéis, garante que 80% do que é devido fora renegociado.

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