DNIT prevê investimento de R$ 8,5 bilhões em hidrovia
Projeto do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) propõe investimento de R$ 5,5 bilhões, no período de quatro, para ampliar de 800 quilômetros para 2 mil quilômetros navegáveis na Hidrovia Paraná-Tietê.
Além de interligar o Brasil aos países da Bacia do Prata (Uruguai, Argentina e Paraguai), a proposta promoveria aumento de 500% na capacidade de transporte de cargas pela hidrovia, dos atuais 5 milhões de toneladas para 30 milhões de toneladas por ano.
Apesar do investimento ser prioritário, o órgão ainda não dispõe dos recursos para realizar os investimentos. Com o objetivo de sensibilizar os congressistas e o Governo, o diretor-geral do DNIT, Luiz Antônio Pagot, vem participando da realização de seminários sobre a hidrovia promovido pelo G5+1, formado pelos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Goiás, Minas Gerais e o Governo federal.
Nesta sexta-feira, o simpósio aconteceu na sede da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul).
De acordo com Pagot, a primeira fase terá investimento de R$ 5,5 bilhões. O projeot prevê a dragagem da rodovia, recuperação das margens e mata ciliares, substituição de pontes e remoção de pedrais.
A segunda fase prevê mais R$ 3 bilhões em mais quatro anos. Pela proposta, a hidrovia fica navegável até próximo do Porto de Santos, ficando a 120 quilômetros do local. "Vamos navegar no Brasil e no Mercosul", explicou Pagot, sobre a conclusão das duas etapas.
O governador André Puccinelli (PMDB) também participou do simpósio e destacou a importância da hidrovia para o Estado. Ele disse que o álcool combustível poderá sair pela hidrovia de Mato Grosso do Sul. Na sua avaliação, o Estado terá condições de ficar mais competitivo em relação aos estados litorâneos.
O diretor-geral do DNIT ressaltou a vantagem da hidrovia. Em relação ao custo, representa 10% do rodoviário e 50% do ferroviário. Além disto, retira caminhões de circulação e garante mais segurança ao tráfego nas rodovias federais.