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Economia

Dólar recua e Ibovespa sobe em meio a incertezas sobre eleições e economia

Principal índice de ações da bolsa de valores encerrou sessão em alta de 0,11%, aos 130.661 pontos

Por Gustavo Bonotto | 05/11/2024 19:16
Cédulas do dólar, moeda estadunidense utilizada para transações internacionais. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Cédulas do dólar, moeda estadunidense utilizada para transações internacionais. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar caiu 0,63% nesta terça-feira (5), encerrando o dia cotado a R$ 5,7464, após ter atingido R$ 5,8045 durante a máxima da sessão. No dia anterior, a moeda havia registrado uma queda mais acentuada de 1,48%, fechando a R$ 5,7831. A reversão do movimento positivo pela manhã reflete o foco dos investidores no cenário externo, especialmente com a continuidade das eleições nos Estados Unidos, onde o duelo presidencial entre Kamala Harris (Partido Democrata) e Donald Trump (Partido Republicano) segue indefinido.

No mercado de ações, o Ibovespa registrou leve alta de 0,11%, fechando aos 130.661 pontos. Na véspera, o índice também teve um desempenho positivo, subindo 1,87%, o que reflete um momento de volatilidade nas bolsas. A instabilidade nos mercados, tanto domésticos quanto internacionais, está ligada a vários fatores, como o andamento das eleições nos EUA e as expectativas em torno de decisões econômicas, especialmente em relação às políticas fiscais.

A eleição presidencial nos Estados Unidos é considerada uma das mais incertas da história, com as pesquisas apontando um cenário de empate técnico entre os candidatos. Apesar disso, o mercado financeiro continua apostando em uma possível vitória de Trump, embora sua vantagem sobre Harris tenha diminuído nos últimos dias. Durante sua campanha, Trump defendeu medidas protecionistas, como a taxação de produtos importados, o que levanta temores de aumento da inflação e elevação nas taxas de juros, o que pode causar pressão sobre o dólar globalmente.

No Brasil, o mercado financeiro segue atento ao quadro fiscal do país. As incertezas sobre a situação fiscal continuam a impactar os negócios, com investidores aguardando sinais do governo de medidas concretas de corte de despesas. Na segunda (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu por três horas com sua equipe econômica para tratar do tema. Já nesta terça-feira, novas discussões ocorreram entre o Ministério da Fazenda e a Casa Civil para analisar propostas de ajuste fiscal. A falta de anúncios mais claros sobre cortes de gastos na semana passada gerou frustração no mercado.

A agenda da semana ainda prevê importantes divulgações, como a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) na quarta-feira (6), quando se espera uma elevação da taxa Selic em até 0,50 ponto percentual, para 11,25% ao ano. A medida é vista como uma tentativa do Banco Central de controlar a inflação no país, embora os investidores estejam cautelosos quanto aos efeitos que as medidas fiscais e monetárias podem ter sobre a economia brasileira no curto e médio prazo.

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