Em MS, 17% das indústrias registraram crescimento na produção em junho
Empresários estão otimistas e esperam crescimento da demanda por seus produtos nos próximos 6 meses
Em Mato Grosso do Sul, levantamento aponta que 60% das indústrias registraram estabilidade na produção em junho e 17% reportaram crescimento na comparação com o mês imediatamente anterior. Os dados fazem parte da Sondagem Industrial do Radar Industrial da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul).
A pesquisa também aponta que 74% das empresas participantes disseram que a utilização da capacidade instalada da indústria esteve igual ou acima da usual para o mês. Já a utilização média da capacidade total de produção encerrou o mês em 73%.
Para o coordenador da unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, a falta ou alto custo da matéria-prima permanece como o principal desafio apontado pelos participantes em relação às principais dificuldades enfrentadas no segundo trimestre de 2022. Em seguida está a alta taxa tributária, falta de trabalhador qualificado, taxas de juros elevadas e a demanda interna insuficiente.
“Contudo, para os próximos seis meses as expectativas seguem positivas, ou seja, os empresários industriais de Mato Grosso do Sul estão otimistas e esperam crescimento da demanda por seus produtos e aumento das contratações. Com essa combinação, os índices de confiança e intenção de investimento permanecem em patamares positivos e acima da média histórica obtida para o mês”, afirmou Ezequiel Resende.
A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 11 de julho e ouviu 85 empresas, ou 4,6% da amostra nacional, sendo 39 pequenas, 35 médias e 11 grandes dos seguintes segmentos: produtos alimentícios, produtos de metal, produtos têxteis, confecção de artigos do vestuário e acessórios, produtos de material plástico, produtos de minerais não metálicos, químicos, máquinas e equipamentos, extração de minerais não metálicos, biocombustíveis, produtos de borracha, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, bebidas, couros e artefatos de couro, produtos de madeira, metalurgia, extração de minerais metálicos, atividades de apoio à extração de minerais, calçados, impressão e reprodução de gravações, produtos de limpeza, produtos farmoquímicos e farmacêuticos e móveis.
Otimismo - Para os próximos seis meses, a partir de julho, 48,3% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos meses à frente, até dezembro deste ano. Outros 5,9% preveem queda. Já as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável foram 44,7% do total.
Com relação ao número de empregados, em julho, 28,2% das empresas disseram que o número de empregados deve aumentar nos próximos seis meses, 7,1% acreditam que esse número deve cair e 63,5% das empresas esperam manter o número de funcionários estável.
Já o índice de intenção de investimento do empresário industrial ficou em 62 pontos em julho, o que representa aumento de 3,6 pontos em relação a junho e de 10,3 pontos em relação à média histórica obtida para o mês. No atual levantamento, 66% das empresas industriais disseram que pretendem realizar investimentos nos próximos seis meses.
Os resultados variam de 0 a 100 pontos, quanto maior o índice, maior é a intenção de investir. Em junho, o Icei (Índice de Confiança do Empresário Industrial) alcançou a marca de 61,5 pontos, indicando aumento de 6,5 pontos em relação à média histórica obtida para o mês.
Cenário atual - A pesquisa ainda aponta que, em julho, 24,7% dos participantes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram. Para 21,2% dos participantes a economia estadual piorou, e para 14,1% as condições atuais estão piores com relação à própria empresa.
Por outro lado, para a maioria, 51,8% dos empresários, não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 54,1% e, a respeito da própria empresa, o número ficou em 56,5%.
Os que consideram que as condições atuais da economia brasileira melhoraram somaram 21,2% e, em relação à economia estadual, esse percentual ficou em 22,4%. No caso da própria empresa, o resultado foi de 27,1%. Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação sobre as condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa somaram 2,4% dos participantes.