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Economia

Em MS, aumento dos juros em 13,75% preocupa o setor empresarial

Presidente da Fiems acredita que endividamento de empresas pode crescer após reajuste

Gustavo Bonotto | 02/02/2023 20:00
Presidente da Fiems, Sérgio Longen. (Foto: Kisie Ainoã/Campo Grande News)
Presidente da Fiems, Sérgio Longen. (Foto: Kisie Ainoã/Campo Grande News)

O presidente da Fiems (Federação das Indústrias do. Estado de Mato Grosso do Sul) Sérgio Longen acredita que o endividamento de pequenas empresas deve aumentar após a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) e do Banco Central em manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. A Selic calcula as operações feitas pelo mercado e influencia na taxa de cobranças de aplicações em empréstimos.

Segundo Longen, muitas empresas investiram durante o ano passado. "Tínhamos uma condição muito clara de que, em razão da contenção da inflação, a Selic daria sinais de redução a partir de janeiro. O que nós estamos vendo é a manutenção da Selic, que lidera uma condição para que o Brasil tenha um dos maiores patamares de juros reais do mundo", pontuou.

A avaliação do presidente da Fiems é de um cenário preocupante, que indicaria queda nas vendas e dificuldade no pagamento de serviços essenciais para os próximos meses. Longen defende um novo debate com outros presidentes de federações para encontrar novas soluções. "Estamos pressionando nossos parlamentares para que nos ajudem. Veja que inflação na casa de 5% e juros na casa de 13% não combinam muito. Ninguém suporta juros nesse patamar”, concluiu.

Histórico - O Copom indicou aumento nas taxas de juros para 2023, o que representa novas elevações para o acompanhamento da inflação no mercado. A atual taxa Selic é a maior desde janeiro de 2017, que representou 13,75% ao ano durante a crise econômica do período. Antes da pandemia, o comitê cogitou elevar a taxa de juros, mas mudou de ideia após a alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis.

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