Em sequência inédita, MS fecha 18.340 postos de trabalho nos últimos 3 anos
Crescimento do desemprego puxou para baixo a renda do trabalhador
Com o resultado de 2017, Mato Grosso do Sul completa sequência inédita de três anos com saldos negativos no mercado de trabalho formal, acumulando, no período (de 2015 a 2017), o fechamento de 18.340 empregos com carteira assinada. O avanço do desemprego no Estado puxou para baixo a renda do trabalho.
Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado nesta sexta-feira (26) pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). De janeiro a dezembro de 2017, o saldo entre contratações (236.181) e desligamentos (241.055) foi negativo em 4.874 postos de trabalho em Mato Grosso do Sul.
É a terceira vez seguida que o número de admissões é menor que o de demissões no Estado. Desde o aprofundamento da crise econômica do País, em 2015, as empresas de Mato Grosso do Sul demitem e não reabrem vagas em igual quantidade. Em 2015, foram extintos 11.535 empregos e, no ano seguinte, 1.931.
Conforme a série histórica do Caged, disponibilizada para esse comparativo, desde 2002, não há outro ano com saldo negativo em Mato Grosso do Sul. Entre os setores, o da construção civil – que pode ser considerado um termômetro da economia – é o que tem apresentado o menor resultado. Em 2017, a atividade fechou 4.224 empregos formais.
Renda – O crescimento do desemprego impacta nos salários. De acordo com o Caged, a renda média de admissão foi de R$ 1.344,29 em 2017. O valor representa queda nominal (sem considerar a inflação) de 0,39% na comparação com o de 2016, que foi de R$ 1.349,60.
Intermitente – Pela modalidade trabalho intermitente, criada com a reforma trabalhista, aprovada no ano passado, foram contratadas 20 pessoas em Mato Grosso do Sul no mês de dezembro.
Com o número de novembro (41) são 63 admitidos na modalidade, que permite o pagamento tanto por hora quanto por dia de trabalho.