ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, QUARTA  25    CAMPO GRANDE 26º

Economia

Empresários da construção comemoram fôlego com novo financiamento imobiliário

Agora quem quiser financiar um imóvel terá 6 meses para começar a pagar as prestações

Rosana Siqueira | 09/04/2020 17:28
Medidas da Caixa vão ajudar a manter empregos na construção civil (Paulo Francis)
Medidas da Caixa vão ajudar a manter empregos na construção civil (Paulo Francis)

Os empresários da construção civil comemoraram hoje as novas medidas para o mercado de crédito imobiliário anunciadas pela Caixa, como carência para novos financiamentos, aumento do tempo de pausa nos contratos e renegociação de dívidas, tanto para pessoas físicas quanto para as construtoras.

No total, as ações representam R$ 43 bilhões em recursos no mercado imobiliário nos próximos meses. As medidas serão válidas a partir da próxima segunda-feira (13) e quem quiser financiar imóvel terá 6 meses para começar a pagar.

O presidente da Acomasul (Associação dos Pequenos Construtores de MS) Adão Castilho disse que as medidas foram muito positivas. “Vimos com bons olhos o pacote da Caixa. Ele dá condições da construção manter os empregos e estes 90 dias, três meses nos quais estão facilitando para o empresário da construção e também para os consumidores que adquiriram o imóvel. Dá mais tempo de pagamento para quem tem parcela em atraso”, avaliou.

Ele destaca que o segmento da construção é muito importante na economia. “O setor emprega e desemprega do dia para a noite. Por isso a preocupação do Governo em manter milhões milhares de empregos na construção. São mais de 60 mil empregos diretos e indiretos no MS. Isso sem contar a movimentação de compras no comércio local. Nós como pequenos empresários queremos comprar aqui. Somos nós que fazemos a circulação de dinheiro nas lojas”, frisou lembrando que o pacote dará mais fôlego para a construção.

Além do pacote para habitação Castilho reforça a importância adas medidas econômicas de apoio aos demais segmentos da economia. “Temos pacotes de ajuda aos demais setores. Isso é essencial por que a economia tem que estar boa. De nada adianta manter empregos agora e depois ter que demitir. Com certeza o projeto é bem vindo e queira deus que daqui 90 dias possamos reencaminhar na construção civil”, salientou.

 “Temos queda de 50% nas projeções de vendas e vamos seguindo o que determinam as autoridades por meio de dos decretos. São preocupações de segurança com os canteiros de obras com a saúde dos colaboradores para que juntos não tenhamos problema, evitando principalmente o caos social. Por isso as medidas são muito bem vindas e esperamos retornar logo à normalidade”, finalizou.

Empregos -  O presidente do Secovi (Sindicato da Habitação de MS) Marcos Augusto Netto também comemora as medidas de apoio a setor. “Muito positivo o pacote. Isso evitará que as pessoas não percam seus contratos, não tenham problema na habitação que é a base de todo o trabalho de evitar que a pandemia se espalhe. Porque é justamente nas casas que o trabalho de isolamento é feito”, frisou.

Ele lembra que a flexibilização da Caixa em relação aos contratos habitacionais já vem ocorrendo há algum tempo. “Ultimamente a Caixa mudou a postura radical, hoje negocia joga o saldo para frente, e faz isso de forma mais acentuada garantindo mais segurança ao mutuário”, sinalizou.

Com relação com as construtoras a Caixa deu carência boa para os contratos o que ajuda o setor a manter a empregabilidade. “Você observa que a grande preocupação da Caixa  do Governo é que não haja desemprego. Então se a construtora puder sacar 20% do contrato da obra antes de iniciar, isso tem o objetivo claro de evitar demissões”, concluiu Netto.

Já o presidente do Sinduscon-MS (Sindicato das Indústrias da Construção de MS) Amarildo Melo destacou que as medidas são favoráveis. “Isso ajuda o inadimplente e favorece a construtora que pode ter mais segurança. São medidas que melhoram o setor são corretas neste momento. O Governo precisava dar apoio a construção para as empresas que estão com fluxo baixo em função do processo passar pela crise sem demitir” , argumentou.

Nos siga no Google Notícias