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Economia

Especialista afirma que novos serviços do Pix são manobra inteligente do BC

Ferramenta conquistou os brasileiros e em 2022 deve realizar transferências mesmo sem internet

Beatriz Magalhães | 20/12/2021 17:48
Popular, Pix vai ganhar novos serviços no próximo ano (Foto: Agência Brasil)
Popular, Pix vai ganhar novos serviços no próximo ano (Foto: Agência Brasil)

O Pix se tornou o “queridinho” entre muitos usuários e, em um ano, passou por diversas transformações. A ferramenta que permite transações instantâneas vai ganhar novas funcionalidades no próximo ano e especialista afirma que o serviço é seguro e acessível.

De acordo com o diretor de estratégias, especialista em tecnologia, Kenneth Corrêa, o Pix atingiu um patamar de adoção mais rápido do que aplicativos como Instagram e WhatsApp. Ainda segundo Kenneth, a alta taxa de aderência traz ao  Banco Central um controle maior às transações ligadas aos CPFs e CNPJs.

“É uma manobra interessantíssima para o Banco Central, porque ele vai ter um nível de informações mais detalhadas na hora de fiscalizar as pessoas como por exemplo, aqueles que sonegam imposto de renda ou empresas que tenham algum problema fiscal. Com isso o Banco se anima e acaba trazendo novas funções”, pontua o administrador se referindo aos novos serviços que devem ser incorporados ao Pix no próximo ano.

“Eu uso o Pix para tudo. É muito prático e seguro, pois ao acessar me preocupo com os dados corretos do destinatário e os valores. Faço compras no mercado, tiro notas em cartório, farmácia, compro verduras de ambulantes, manicure. Absolutamente tudo eu pago com Pix. É muito prático”, conta a professora e bióloga Rosângela Romualdo, de 51 anos.

Mudanças - O Pix terá novidades para o próximo ano e o meio de pagamento em tempo real, criado pelo Banco Central, deve realizar em 2022, transações até mesmo sem internet e compras internacionais, além de envio de dinheiro ao exterior e débito automático.

Para o Uol, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, adiantou que, no próximo ano, o Pix deve fazer transações mesmo sem conexão com internet, além das transferências internacionais. As funções ainda não aparecem na agenda de implementação do Pix. A intenção é expandir o serviço para ambientes que não tenham acesso a internet.

“Essas transações off- line vão deixar as nossas vidas cada vez mais fáceis. Estão todos amando a facilidade que o Pix pode trazer, claro é preciso dobrar a responsabilidade com o dispositivo, contudo, a segurança é inegável”, pontua Correa.

Sem cédulas na carteira - Além de facilitar as transações, o Pix tem permitido que as pessoas saiam sem precisar carregar aquele “troco” na carteira. A dentista Juliana Czizeski é uma das adeptas do serviço, que só vê vantagens.

“Eu uso o Pix praticamente todos os dias. Acho a ferramenta prática e segura, até mesmo porque já cai na hora na conta da outra pessoa e já dá para conferir se a pessoa recebeu mesmo”, afirma.

Toda semana a Juliana joga com os amigos e o valor do aluguel da quadra é dividido entre os jogadores do dia. O pagamento? é feito pelo pix.

“Eu acho mais prático. Rachamos o valor do aluguel da quadra, que quase nunca é redondo, sempre com alguns centavos, todos enviam o valor para uma única conta e então pagamos pelo aluguel”, explica.

“O Pix é responsável também pela diminuição da circulação desnecessária da moeda. Às vezes será preciso utilizar a cédula, mas não com tanta frequência, isso resulta também na diminuição da necessidade de impressão da moeda, e tudo isso é muito motivador”, conclui Kenneth Corrêa.

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