Expogrande começa sem reclamações de barulho
As porteiras da maior feira agropecuária do mundo em venda de bovinos estão abertas, com expectativa de atrair 400 mil visitantes e sem reclamações dos moradores da região do Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande.
Em uma cerimônia simples, mas com autoridades como o governador André Puccinelli, o senador Delcídio do Amaral (PT) e o prefeito Nelsinho Trad, a 73ª Expogrande (Exposição Agropecuária e Industrial de Campo Grande) teve início.
O palco da cerimônia foi a Praça da Sustentabilidade, dentro do Parque de Exposições. A expectativa do presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, é de comercialização de 30 mil cabeças de gado somente nesta edição.
Nesta semana, nos dias que antecederam a abertura oficial do evento, os leilões da Expogrande movimentaram R$ 11 milhões.
Em seu discurso, Nelsinho Trad lembrou da importância do agronegócio para Mato Grosso do Sul e disse que o Estado será o maior exportador de alimentos do mundo independente das medidas protecionistas dos outros países.
O prefeito disse que neste ano serão concluídos o Termina Intermodal e o Porto Seco, que vão contribuir para que Mato Grosso do Sul exporte cada vez mais alimentos.
Ele também lamentou a ausência de um dos ícones da agropecuária sul-mato-grossense, o ex-senador Lúdio Coelho. “Sinto uma imensa tristeza pela ausência do Lúdio Coelho, uma perda recente que foi presente na história da Expogrande”, afirmou.
O senador Delcídio do Amaral afirmou que o produtor rural é muito competente para produzir alimentos, mas não tem condições para exportar.
Já o governador André Puccinelli preferiu lembrar do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado com o Ministério Público, permitindo os shows da Expogrande.
Para o governador, o que engrandeceu o evento foi a vontade dos vereadores, do prefeito e da Acrissul para permitir a realização dos shows.
Moradores - Os moradores da rua Paraguai, que fica ao lado do Parque de Exposições, não reclamaram do barulho.
A auxiliar administrativa Vera Lúcia Lorenço da Cruz, de 30 anos, mora há três anos no mesmo local e diz que já se acostumou com som dos shows.
Para ela, o transtorno é com a rua lotada de carros, quando os shows são muito grandes, e com os bêbados.
Carmelo Ferreira, de 48 anos, que trabalha na construção civil, diz que não se incomoda com a Expogrande porque tem o sono pesado e não ouve nada.
Já a professora Jacy Fátima Fernandes, de 52 anos, disse que se acostumou com o som da música e a presença dos carros.