Fiems considera positiva queda nos juros votada pelo Copom
Comitê reduziu juros básicos da economia para 13,25% ao ano nesta quarta-feira (2)
A Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) considerou positiva a queda de 0,5% dos juros, aprovada pelo Copom (Comitê de Polícia Monetária) nesta quarta-feira (2), por 5 votos a 4. A decisão surpreendeu o mercado financeiro, que esperava um corte de 0,25 ponto.
Para o presidente da federação, Sérgio Longen, a redução é um sinal claro para o mercado de que a economia está agora, depois de conter a inflação, voltando a se estabilizar.
“Os juros estão quebrando as empresas e essas taxas que estavam até então eram impraticáveis. Mesmo com a redução observada, a Selic seguirá ainda muito acima daquele nível que é compreendido como neutro. Em que promove o controle da inflação, mas sem desestimular o crescimento da economia”, afirmou Longen.
Apesar de considerar a redução tímida, o líder empresarial acredita que a decisão de cortar os juros em 0,5% anima empresários e investidores. “Esse é um sinal claro de esperança de que até o final do ano se possa chegar em 12%, e aos poucos se aproxime do percentual da inflação. Resumindo, é um sinal positivo, mas precisa baixar mais e dá esperança para que possamos retomar os investimentos todos”, finalizou.
Juros básicos - A forte queda da inflação fez o Banco Central cortar os juros pela primeira vez em três anos.
O Copom também informou que os membros do colegiado preveem, por unanimidade, cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões. Segundo o comunicado, o órgão avalia que esse será o ritmo adequado para manter a política monetária contracionista (juros que desestimulam a economia) necessária para controlar a inflação.
A última vez em que o BC tinha reduzido a Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis, e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.
Votaram por uma redução de 0,5 ponto percentual o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os diretores Ailton de Aquino Santos (Fiscalização), Carolina de Assis Barros (Administração), Gabriel Galípolo (Política Monetária) e Otávio Damaso (Regulação). Votaram pelo corte de 0,25 ponto percentual os diretores Diogo Guillen (Política Econômica), Fernanda Guardado (Assuntos Internacionais), Maurício Costa de Moura (Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta) e Renato Dias Gomes (Organização do Sistema Financeiro).
(*) Com informações da Agência Brasil.