Indústria de laticínio prevê crescimento de até 5% em MS
As indústrias de laticínio de Mato Grosso do Sul estimam crescimento de até 5% em 2013 sobre o faturamento líquido de R$ 92,2 milhões do ano passado, o que representaria montante de R$ 96,8 milhões. O levantamento é do Radar Industrial da Fiems.
De acordo com a presidente da Silems (Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado), Milene Nantes, o avanço será possível com a criação de mecanismos de estímulo para fomentar a produção estadual.
“Mais uma iniciativa importante é a qualificação dos produtores rurais, além da adoção de novas tecnologias por parte da indústria. Esses serão fatores de destaque que contribuirão para o crescimento do segmento”, diz acrescentando que o interesse das indústrias é investir na maior qualidade do produto comercializado no Estado.
Ela destaca ainda que em 2012 houve avanço com a assinatura do termo de cooperação institucional para a realização do Projeto de Desenvolvimento da Bacia Leiteira na Região Central de MS: o Leite Forte.
“O projeto revitaliza a pecuária leiteira sul-mato-grossense de forma sustentável, profissionalizada e melhorando a renda dos produtores na região central do Estado. O Leite Forte, com certeza, traz muitos benefícios para as indústrias do Estado, pois por meio deste projeto, poderemos incrementar a produtividade e a qualidade do leite produzido no nosso Estado”, afirmou.
Outro destaque foi à entrega do documento de ações prioritárias da Política Nacional do Leite entregue aos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.
O documento foi estruturado durante a 1ª Conferência Nacional do Leite, que reuniu representantes da cadeia produtiva do segmento para discutir as propostas que irão auxiliar na elaboração de uma política para o desenvolvimento do setor.
A presidente do Silems diz que as propostas estão divididas em 11 temas: sanidade, defesa comercial, capacitação e assistência técnica, políticas de crédito, tributação, infraestrutura e logística, promoção comercial, legislação, fiscalização, pesquisa e desenvolvimento e organização do setor.
Entre as propostas está o reforço para a restrição das importações de leite em pó e queijo de países do Mercosul, a partir da renovação de cotas para a entrada destes produtos no Brasil. Na questão tributária, um dos itens abordados foi a cobrança de PIS/Cofins sobre rações e suplementos usados na alimentação do rebanho.
Mato Grosso do Sul é responsável por 1,7% da produção nacional de leite com média de produtividade de 968 litros de leite ao ano, sendo que o Estado possui atualmente 79 estabelecimentos, que empregam 982 trabalhadores. “Levando em conta a predominância da pecuária de gado de corte no Estado, a pecuária leiteira tem ganhado força no cenário industrial e as perspectivas são boas para o próximo ano”, concluiu.