Indústria de MS prevê encerrar ano com investimentos de R$ 139,7 milhões
Além disso, setor deve encerrar ano com cerca de 160 mil pessoas empregadas
A indústria de Mato Grosso do Sul deve encerrar o ano com previsão de R$ 139,7 milhões em investimentos e cerca de 160 mil pessoas empregadas no setor. As informações foram apresentadas nesta terça-feira (16), durante coletiva de imprensa sobre o desemprenho industrial do Estado.
A projeção é que termine o ano com 6.450 empresas industriais, com crescimento de 3%; em 2024, 6.550 empresas industriais; e 2025; 6.680.
Entre 2023 e 2028, estão previstos aumento da produção de minério de ferro; reativação de usina Sucroenergética; instalação de novas Sucroenergéticas; ampliação e instalação de usinas de etanol de milho; construção de novas fábricas de celulose e ampliação da capacidade de abates de suínos. Essas ações serão distribuídas nos municípios de Corumbá, Anaurilândia, Paranaíba, Dourados, Maracaju, Ribas do Rio Pardo, Inocência e São Gabriel do Oeste.
“Nós não temos limites. Eu tenho dito que Mato Grosso do Sul é a bola da vez, ele vem sendo construído, muito bem organizado. Essas parcerias que nós temos hoje com o estado, com as empresas, com os municípios tem feito diferença. O Estado se destaca hoje a nível nacional como o que mais se desenvolve”, ressaltou o presidente da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen.
Em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), a previsão é de que tenha crescimento nominal de 5,9% em 2023, representando R$ 166 bilhões. Em 2024, aumento de 7,1%; e em 2025, o esperado é de 6,7%. A indústria de Mato Grosso do Sul se mantém com o 2° maior crescimento, desde 2009.
O PIB industrial deve encerrar o ano com crescimento nominal de 6,9%, sendo R$ 31 bilhões. Em 2024, R$ 33,3 bilhões, esperando aumento nominal de 7,6%. Em 2025, R$ 35,9 bilhões, com crescimento nominal de 7,7%.
Segundo o relatório, em Mato Grosso do Sul, os frigoríficos lideram como o que mais emprega, com 32.892 funcionários. Em segundo lugar está a indústria e construção, com 28.372; e em terceiro lugar está a indústria sucroenergética, com 20.012 empregados.
Conforme Longen, atualmente, todos os setores têm demandas para contratação. “Todo segmento hoje está contratando, ou seja, nós temos demandas em todas as áreas. Qual a grande dificuldade? Encontrar a pessoa qualificada para aquele cargo, nós não conseguimos mais contratar quem não tem qualificação mínima”, pontuou.
Produção agroindustrial – O Estado é o 5° maior exportador de produtos derivados da soja (óleos, proteínas texturizadas, farelos e rações) com US$ 972,3 milhões e 1,42 milhão de toneladas exportadas.
O etanol de milho e derivados, nas empresas Inpasa e Neomille, a produção inicialmente estimada está em 940 milhões de litros de etanol por ano, 1.500 toneladas/dia de proteína (DDG) e 100 mil litros/dia de óleo de milho.
Mato Grosso do Sul também tem o 5° maior rebanho bovino, com 18,6 milhões de cabeças (8% do rebanho bovino do país) e o 3° em abate.
É o 7° em abate de suínos, com 2,66 milhões de animais abatidos e produção de 240,7 mil toneladas. Além disso, é o 5° maior exportador de carnes e miudezas suínas, com US$ 42,2 milhões (21 mil toneladas).
Em se tratando de frango, é o 8° estado em abates, com 186,9 milhões de animais e produção de 414 mil toneladas; é o 6° maior exportador de carnes e miudezas de frango, com US$ 373 milhões (174 mil toneladas).
A criação de tilápias corresponde a 65% da produção de peixes do país (361 mil toneladas); Mato Grosso do Sul é o 6º maior produtor de tilápias, com 19 mil toneladas ou 5 % do total; e o 2º maior exportador de filés e tilápias congeladas, com US$ 3,8 milhões ou 18% da receita total obtida pelo Brasil, no ano passado.
O Estado também possui a 4ª maior área colhida de cana-de-açúcar. A produção total de cana alcançou o equivalente a 42 milhões de toneladas.
Produção florestal – O Estado tem a 2ª maior área cultivada com eucalipto (1,05 milhão de hectares), correspondendo por 24% da produção nacional de celulose, aproximadamente 5,5 milhões de toneladas por ano.
Mato Grosso do Sul é o líder na exportação de celulose, obtendo US$ 1,52 bilhão ou 20% da receita total obtida pelo Brasil.
Na ocasião, Sérgio Longen adiantou que Mato Grosso do Sul está entre os estados “cotados” para receber uma nova fábrica de celulose.
De acordo com ele, na semana passada, o secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, esteve em um evento em Nova Iorque junto com alguns governadores, no qual determinada empresa manifestou interesse em instalar uma nova fábrica de celulose em um dos estados lá presente.
“Eu espero que até meados de julho, agosto, a gente já tenha a decisão dessa empresa de vir a Mato Grosso do Sul”, disse Longen.
Programação – Além disso, também foi apresentado a programação da Fiems. No dia 18 de maio, está previsto o lançamento da Corrida do Pantanal; 20 de maio, Ação Cidadania; 25 de maio, está marcada reunião técnica com a delegação da União Europeia.
No dia 25 de maio, Dia da Indústria, terá homenagem a personalidades que contribuíram com o setor, um deles é o CEO da Suzano, Walter Schalka. Em 31 de maio, será o lançamento do Prêmio MS Industrial de Jornalismo.