Inflação de Campo Grande sobe 0,52% em abril, menor aumento do ano
Apesar do aumento da conta de energia em abril, a inflação de Campo Grande foi a menor do ano e ficou em 0,52%, segundo o IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande). Nos quatro primeiros meses do ano, o índice foi menor que no mesmo período de 2015, o que indica queda na inflação.
A inflação acumulada nos últimos doze meses, em Campo Grande, recuou para 9,30%, porém continua acima do teto da meta estabelecida pelo CNM (Conselho Monetário Nacional), que é 6,5%. Nos três primeiros meses do ano, a inflação acumulada foi de 3,65%. Os maiores índices, por grupo, foram: Educação, com 10% e Alimentação 6,03%.
“O índice de abril foi influenciado, principalmente, pelo grupo Habitação, que registrou 0,81% e contribuição de 0,26%. O comportamento é explicado pelo aumento de 7,19% da energia elétrica no estado”, explica coordenador do Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas) da Uniderp, Celso Correia de Souza.
Além da Habitação, tiveram os maiores percentuais de contribuição para a inflação os grupos: Despesas Pessoais, com 1,23% de variação e Vestuário, com 1,11%. “Já o grupo de Alimentação, que na maioria das vezes é o principal responsável pela inflação do mês, apresentou-se mais conservador, fechando em 0,32%”, complementa o professor.
Para os próximos meses, o preço dos hortifrutis podem melhorar, porém a carne continuará em alta. "Certamente, a exportação da carne bovina continuará penalizando a inflação do produto. Deve-se considerar que os preços dos medicamentos poderão impactar a inflação a partir do mês de maio quando as novas tabelas chegarem nas farmácias”, contextualiza o pesquisador.