Leite aumenta 18%, mas consumo menor deve frear novas altas
O preço da caixa de leite longa vida em Campo Grande teve evolução de 18,72% de janeiro a junho deste ano. Apesar da entressafra, que está chegando, com o começo da época de estiagem, os valores devem se manter estáveis ou registrarem leve aumento. Isso por causa do comportamento do consumidor, que diminuiu a compra dos derivados e conteve o preço da bebida.
Conforme o coordenador do Nepes (Núcleo de Econômicas) da Uniderp/Anhanguera, o professor Celso Correa de Souza, a tendência de aumento não é tão grande quanto a que foi registrada no final do ano passado.
“Nos últimos meses de 2013, pudemos perceber que apesar de grande, o aumento no preço dos produtos não se manteve”, explicou.
O fator é justificado pela mudança no comportamento do consumidor, que deixou de comprar derivados como iogurte, manteiga, requeijão e outros.
Com a queda na demanda, explicou o professor, sobrou leite nos estoques e isso refletiu, diretamente, no preço da bebida.
“O pessoal está comprando menos os produtos derivados e isso pode segurar um pouco o preço do leite. Daqui para frente, se subir, vai subir pouco”, afirmou.
Pesquisa – O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), elaborado pelo Nepes da Anhanguera/Uniderp, revelou que o preço do leite de caixinha subiu até 18,72% na comparação dos seis primeiros meses do ano.
De janeiro a junho, a maior variação foi registrada no preço da caixa de leite longa vida desnatado Parmalat, que aumentou de R$ 2,27 para R$ 2,69.
Na sequência, apareceram o leite desnatado São Gabriel (18,62%); leite integral São Gabriel (18,42%); leite integral Parmalat (17,31%); e leite desnatado Elegê (16,75%).