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Economia

Lojas anunciam descontos da Semana do Consumidor, mas não convencem clientes

Consumidores alegam que preços não estão atrativos e há poucas peças em oferta

Natália Olliver e Izabela Cavalcanti | 15/03/2023 12:20
Clientes alegam que preços não estão atrativos e há poucas peças em oferta (Foto: Marcus Maluf)
Clientes alegam que preços não estão atrativos e há poucas peças em oferta (Foto: Marcus Maluf)

O Dia do Consumidor, comemorado mundialmente nesta quarta-feira (15), abriu também semana de ofertas, mas foi decepcionante para alguns clientes no Centro de Campo Grande. Apesar de as lojas terem anunciado descontos em vários setores, clientes alegam que não sentiram diferença significativa no bolso.

Viviane Gomes, de 41 anos, estava na loja Avenida, localizada na Rua 14 de julho. Ela comentou que não sabia das promoções especiais, mas que não viu grandes novidades. “Ainda não encontrei nada, está bem salgadinho os preços. Vim atrás de roupa, mas estou procurando tênis para minha filha e não encontrei nada em promoção”.

Márcia Romance compra itens para decorações e não percebeu descontos nesta quarta-feira (Foto: Marcos Maluf)
Márcia Romance compra itens para decorações e não percebeu descontos nesta quarta-feira (Foto: Marcos Maluf)

Quem compartilha da opinião de Viviane é a professora Márcia Romance, de 46 anos. À reportagem a mulher contou que foi até o centro para comprar itens de decoração para festa. “Encontrei pouquíssimas coisas com valor bom, mas a loja não dizia que era desconto por ser o dia. No final não fez diferença no que compro, porque sempre estou comprando e não teve mudança no preço”.

Fernanda Andrade, de 27 anos, também não nutre tantas expectativas com a data. “Eu acho que não vou encontrar promoção, isso é muito de falar que vai baixar e não baixa, tipo Black Friday. Nenhuma loja que fui está na promoção”, explicou a biomédica.

Lojas - Débora Torres, gerente da loja Uzze, na Rua 14 de julho com Dom Aquino, explicou que a unidade está com descontos significativos desde semana passada e que algumas lojas optaram por deixar as ofertas restritas apenas a esta quarta-feira.

“Como foi bom, prorrogamos para esta semana, mas só com peças sinalizadas. O fluxo de clientes aumentou 30%. Tinha uma peça de R$ 29,90 saindo por R$ 14,90, vestido de R$ 119 caiu para R$ 59,90”.

De acordo com a funcionária, a loja está com até 50% de desconto nos produtos sinalizados. A cliente Givanilda Domingues, de 49 anos, foi ao Centro de Campo Grande atrás de óculos de grau, porém, acabou saindo com “umas blusinhas”.

Givanilda Domingues saiu de casa para comprar novos óculos de grau e voltou com blusinhas novas (Foto: Marcos Maluf)
Givanilda Domingues saiu de casa para comprar novos óculos de grau e voltou com blusinhas novas (Foto: Marcos Maluf)

“Encontrei os óculos mais em conta. Estava procurando, vi as blusinhas e achei umas promoções. Pretendo levar umas duas”.

Na loja Gazin, localizada na Barão do Rio Branco, os eletrodomésticos e móveis são os destaques. O gerente Cleuber Ricardo Souza relatou que as ofertas abrangem desde guarda-roupas a geladeiras.

Na unidade, um guarda-roupa de R$ 3.799,00 está por R$ 2.749,00, e máquina de lavar de 12 kg da marca Consul, de R$ 3.099,00 por 2.449,00, são um dos exemplos.

“É um investimento que a empresa faz e a gente precisa dar um retorno. Com a ação, o movimento aumentou 15%. A fabricante dá um valor a ser atingido e os desconto duram enquanto a meta estiver aberta”, pontuou.

Promoções - Na lojas Avenida, por exemplo, as promoções estão nos aparelhos celulares, como Motorola E6i, de R$ 1.599,99 por R$ 799,99; Samsung Galaxy A01 Pore de R$ 999,99 por R$ 699,99.

No setor de calçados, na loja Passaletti, as ofertas vão de rasteirinhas, de R$ 66,99 por R$ 59,99, a salto alto, de R$ 139,99 por R$ 69,99.

O presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande), Adelaido Vila, enfatizou que o consumidor é a parte mais importante para quem vive do varejo e precisa ser valorizado através de benefícios e bonificações.

“Nós sabemos que o consumidor está no centro das atenções, não é o produto que é o centro das atenções, mas sim o consumidor. Uma empresa que não recebe bem o seu consumidor, que não tem um consumidor, naturalmente ela morre, ela desaparece do mercado”.

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