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Economia

Mão de obra feminina na indústria cresceu 18% nos últimos 10 anos

Setor, em MS, tem mais de 34 mil mulheres diretamente empregadas

Liana Feitosa | 08/03/2022 15:10
Operadora de mina durante prática profissional. (Foto: Divulgação/Fiems)
Operadora de mina durante prática profissional. (Foto: Divulgação/Fiems)

As mulheres representam, atualmente, 25% de todo contingente ocupado nas atividades industriais desenvolvidas em Mato Grosso do Sul. São mais de 34 mil mulheres diretamente empregadas na indústria estadual, de acordo com a Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul).

Enquanto a participação masculina na indústria sul-mato-grossense cresceu 11%, a mão de obra feminina cresceu 18% em 10 anos. No segmento da mineração, elas eram 8% do total de trabalhadores e hoje representam 11% da força de trabalho.

Isso significa que, em números absolutos, eram 155 trabalhadoras e, agora, são mais de 300. Do total de mulheres trabalhando na mineração, 55% delas estão no município de Corumbá, a 428 quilômetros de Campo Grande.

Qualificação - A federação atribui o aumento da mão de obra no segmento a cursos oferecidos pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), como o de operadora de mina, oferecido na unidade de Corumbá em parceria com a Vale exclusivamente para mulheres.

A qualificação ensina às alunas desde as competências nas operações de movimentação de produto em mina, até a segurança nas operações. Além disso, recebem treinamento específico na condução de caminhões.

De acordo com o gerente executivo da Vale em Corumbá, Romulo Rovetta, em 2019 a mineradora anunciou a meta de dobrar a representatividade de mulheres na força de trabalho até 2030, passando de 13% para 26% no município. Além disso, também planeja aumentar a presença de mulheres em cargos de liderança sênior de 12% para 20%, mas, em 2022, as mulheres já representam 18,3% nas posições de liderança sênior e 18,1% do total da força de trabalho da Vale.

O gerente ainda detalha que, além de 41% das contratações de 2021 terem sido de mulheres, outro avanço foi a redução da taxa de desligamento voluntário de mulheres entre dezembro de 2019 e junho de 2021. O índice caiu em 48%. “Isso indica que estamos construindo um ambiente de trabalho melhor para as mulheres, com mais possibilidade de desenvolvimento aqui na região”, finaliza Rovetta.

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