Medo do desemprego aumenta quase dez pontos na região Centro Oeste
O fantasma do desemprego assombra número crescente de brasileiros. Na região Centro Oeste, o índice, usado para medir o medo do desemprego, aumentou quase dez pontos em quatro meses, chegando, em julho, a 66,9%. O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (dia 03), é da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
O receio crescente de ficar desempregado acompanha os números modestos do mercado de trabalho da região. Em 12 meses, encerrados em junho deste ano, 236.439 sul-mato-grossenses perderam o emprego, conforme dados do Caged (cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
O número de pessoas contratadas no período somou 236.456. Ou seja, foram criados apenas 17 novos postos de trabalho em um ano.
Em Goiás, houve criação de novos empregos acima ao número de Mato Grosso do Sul, mas ainda em volume tímido. Foram 197 vagas. Já em Mato Grosso, o mercado de trabalho extinguiu 6.332 empregos em 12 meses.
Na pesquisa anterior da CNI, o índice do medo do desemprego do Centro Oeste estava em 57,3 pontos em março. Ou seja, o avanço, até julho, foi de 9,6 pontos.
Em todo o País, o índice subiu para 66,1 pontos em julho deste ano. O valor é 1,8 ponto superior ao registrado em março e está 17,3 pontos acima da média histórica que é de 48,8 pontos. Em comparação com junho de 2016, o índice caiu 1,8 ponto.
Segundo a CNI, com o agravamento da crise política entre março e julho, pioraram as expectativas da população sobre o desempenho da economia; e a percepção é que a recuperação vai demorar ainda mais. "Os brasileiros continuam com muito medo de serem afetados pelo desemprego", informou a entidade.