Mesmo com peixe 10% mais caro, consumidores lotam peixarias
Apesar da alta de 10% no preço do pescado, consumidores lotaram peixarias de Campo Grande na véspera da Sexta-feira Santa. A expectativa dos comerciantes é que a maioria deixe para comprar os produtos consumidos a serem consumidos entre o final da tarde de hoje (17) e amanhã.
A tradição católica de não comer carne no feriado Santo mantém as vendas aquecidas, mesmo com o preço um pouco mais salgado. Nem o feriadão de seis dias, que estimulou muita gente a viajar, retraiu o movimento. "Esperávamos que fosse fraco, mas a saída de produtos está semelhante à da Semana Santa de 2013, ou seja, excedeu as expectativas", comemora o proprietário de uma peixaria no Mercadão Municipal, Cleuber Linares.
"Não tenho coragem de comer carne em plena sexta-feira santa. Mas não é nenhum sacrifício, porque gosto de peixe", comenta, a aposentada Elizabeth Amaral da Costa, 62 anos. Também católica, a empresária Roselita Ely, 28 anos, atesta manter, há gerações, a tradição. "Acho que muitos fiéis não mantém a prática por causa do preço, que pode não ser acessível para todos, mas, lá em casa, a religião prevalece", comenta.
Preços - O reajuste no preço do pintado e do pacu, as espécies mais procuradas, ficou na casa dos 10%, e seguiu somente a reposição da inflação, garante Linares. "Nosso estoque vem do Amazonas, cuja produção se concentra entre agosto e novembro, por isso, não ficamos sujeitos a preços de fornecedores", justifica.
Em outra peixaria, na rua Rio Grande do Sul, a aposta do proprietário Jedson Gonçalves é nas vendas de última hora. Até agora, a procura caiu cerca de 20% em relação ao ano passado. "Mas esperamos que a maioria compre no finalzinho da tarde ou amanhã cedo, antes do almoço", comenta otimista.
Para os "atrasados", as duas peixarias, vão funcionar amanhã, durante o feriado - a do Mercadão até o meio-dia e a da Rio Grande do Sul até 13 horas.