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Economia

Microdestilaria didática de etanol foi entregue ao Senai em Dourados

João Humberto | 24/01/2011 18:59
Microdestilaria será utilizada em cursos e treinamentos nas áreas de qualificação, habilitação profissional, aperfeiçoamento e aprendizagem industrial. (Foto: Divulgação).
Microdestilaria será utilizada em cursos e treinamentos nas áreas de qualificação, habilitação profissional, aperfeiçoamento e aprendizagem industrial. (Foto: Divulgação).

Nesta segunda-feira foi entregue no Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) de Dourados a microdestilaria didática de etanol, que atenderá a demanda de formação de profissionais do setor sucroenergético em Mato Grosso do Sul. O presidente da Fiems (Federação das Indústrias de MS), Sérgio Longen, marcou presença na cerimônia de entrega.

Conforme Longen, a federação tem procurado fomentar as potencialidades de cada região e no caso de Dourados, o destaque é o setor sucroenergético. “Por isso, entregamos essa planta didática para facilitar na formação de trabalhadores”.

Para o presidente da Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul), Roberto Hollanda Filho, o Brasil é hoje uma potência mundial na produção e no consumo de etanol e bioenergia e o estado está aproveitando esse momento. Ele aponta que há 21 usinas em operação e mais três que devem entrar em operação ainda neste ano.

Atualmente, Mato Grosso do Sul tem área de 400 mil hectares plantadas com cana-de-açúcar e mais seis milhões de hectares que podem ser destinadas para essa cultura. Neste ano, de acordo com Hollanda, o setor sucroenergético vai gerar mais três mil empregos diretos e a mão-de-obra precisa ser qualificada.

O empresário Werner Semmelroth, da Usina Laguna, também pontuou que a falta de mão-de-obra qualificada é o principal gargalo do setor em Mato Grosso do Sul, principalmente em Dourados, que concentra 60% do setor sucroalcooleiro do estado.

Jaime Verruck, diretor-regional do Senai, informa que a microdestilaria será utilizada em cursos e treinamentos nas áreas de qualificação, habilitação profissional, aperfeiçoamento e aprendizagem industrial, além de contemplar os STT (Serviços Técnicos e Tecnológicos) do setor sucroenergético.

A microdestilaria será inserida nos cursos disponibilizados pela entidade em Dourados, além de ser utilizada na realização de pequenos serviços técnicos solicitados pelas usinas instaladas na região. Com relação ao funcionamento da planta didática, ele explica que o processo de produção do etanol começa na “moenda”, primeiro componente da destilaria que recebe a cana-de-açúcar para extrair o caldo.

Depois de extraído, o líquido vai para a decantação para ser separado o bagaço da cana-de-açúcar e, na sequência, o caldo é exportado até outro tanque para ser aquecido a 110º C, quando são eliminadas as bactérias e os germes presentes no caldo, cuja matéria-prima é resfriada para dar continuidade ao processo, quando uma bomba pega o caldo e despeja ao processo de fermentação, conforme detalhou Verruck.

Quase ao fim da produção, o líquido recebe leveduras e é fermentado, quando se acrescenta o caldo da cana puro para que o conjunto seja fermentado por quatro horas. Logo em seguida ele é centrifugado e tem as leveduras separadas, sendo que nessa etapa o líquido já se transformou em vinho e entra em uma última torre para ser novamente aquecido - dessa vez a 70º C - para se obter o álcool. (Com informações da assessoria).

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