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Economia

Ministério projeta superávit comercial recorde de US$ 84 bilhões

Diminuição das importações puxaria melhora no saldo

Wellton Máximo, da Agência Brasil | 03/04/2023 22:39
Homem usa calculadora com moeda de R$ 1. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Homem usa calculadora com moeda de R$ 1. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Redução de gastos com a importação de produtos cujos preços arrefeceram nos últimos meses fez o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) projetar superávit comercial (exportações menos importações) recorde em 2023. A primeira estimativa do ano prevê superávit de US$ 84 bilhões.

A projeção será atualizada a cada três meses. Caso se confirme, o superávit será 36,8% mais alto que o saldo positivo de US$ 62,31 bilhões registrado em 2022, até agora o melhor resultado da história.

O saldo comercial deverá subir porque as importações cairão mais que as exportações. O governo projeta exportar US$ 325 bilhões em 2023, queda de 2,8% em relação aos US$ 334 bilhões exportados pelo país ano passado.

Em contrapartida, as importações deverão atingir US$ 241 bilhões, recuo de 11,8% em relação aos US$ 273 bilhões comprados do exterior em 2022.

Fatores - Segundo o diretor do Departamento de Planejamento e Inteligência Comercial de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Brandão, dois fatores estão por três do saldo recorde. Por um lado, os preços de commodities energéticas, como o petróleo, e de itens como fertilizantes estão em tendência de queda após atingirem um pico no início da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Por outro lado, a desaceleração da economia deve provocar queda significativa nas importações, por causa da retração do consumo.  A guerra entre Rússia e Ucrânia tem impactado as importações nos últimos meses.

Os preços internacionais dos adubos e dos fertilizantes caíram 24,4% em março, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O preço médio dos combustíveis importados diminuiu 6,2% na mesma comparação.

Já o preço médio do trigo, outro produto que o Brasil importa em grande quantidade, sobe 12,2%, mas desacelera em relação ao ano passado, quando a alta em 12 meses chegou a 60% em alguns momentos.

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