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Economia

Motoristas de aplicativos são recebidos pelo governo para falar de gasolina

Manifestação aconteceu por volta das 10h da manhã e comissão conversou com representantes do governo

Guilherme Correia e Mariana Rodrigues | 05/03/2021 12:50
Motoristas reunidos em frente a Segov pediam revisão do preço do combustível (Foto: Paulo Francis)
Motoristas reunidos em frente a Segov pediam revisão do preço do combustível (Foto: Paulo Francis)

Cerca de 200 motoristas de aplicativo fizeram mais uma manifestação na manhã desta sexta-feira (5), em frente à Governadoria. Alguns estacionaram os veículos, e caminharam pelo Parque dos Poderes pedindo medidas para que preço do combustível seja revisto em Mato Grosso do Sul. Uma comissão foi recebida no fim da manhã por representantes do governo do Estado.

A carreata ocorreu por volta das 10h até o prédio a Governadoria. As lideranças carregavam um saco de lixo com cerca de mil notas fiscais de abastecimentos simbólicos, no valor de R$ 0,50, feitos ao longo da semana em postos de combustível da Capital.

Manifestante mostra saco com notas fiscais coletadas durante a semana.
Manifestante mostra saco com notas fiscais coletadas durante a semana.

Cinco representantes lideraram a manifestação e foram atendidos pelo secretário-adjunto da Segov, pela Funtrab (Fundação Estadual do Trabalho) e pelo Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor), para apresentar as propostas e ouvir o outro lado.

Um dos representantes, o motorista Alfredo Machado, de 35 anos, afirma que "não é uma pauta política", e sim "uma pauta técnica". "A pauta da nossa reunião foi a discussão das tarifas de combustível. Entendemos que o Estado pode nos ajudar a encontrar uma solução para atenuar esses aumentos que está tendo de combustível, tanto do etanol quanto da gasolina".

Após quatro reajustes nas refinarias só em 2021 e o preço da gasolina disparar, em 25 de fevereiro deste ano, o governo de Mato Grosso do Sul decidiu congelar por 15 dias a pauta fiscal da gasolina, que é o preço médio que serve de referência para a cobrança de ICMS.

A ideia da articulação com o  Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniências de Mato Grosso do Sul) era impedir o repasse de R$ 0,15 no preço do combustível.

Segundo Alfredo, a proposta principal levada é que o governo estadual reduzisse a tributação para o valor médio que era aplicado em dezembro do ano passado, e que congelasse essa taxa "enquanto durar a pandemia". "O Estado falou que vai estudar, mas isso não alivia em nada a situação da categoria".

A gasolina tem sua precificação dividida em distribuição e revenda, no custo do etanol anidro, no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), CIDE (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico), PIS/Pasep, Confis, e pela realização da Petrobras - essa que contempla quase 30% do valor que o consumidor tem de arcar.

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