ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 29º

Economia

MPF recebe denúncia contra empresas de celular que não repassam desconto

Documento do deputado Paulo Duarte exige que as operadoras façam a adequação imediata da alíquota de ICMS

Lucia Morel | 02/09/2022 15:46
Mulher usando celular enquanto caminha, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Mulher usando celular enquanto caminha, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

Maioria das empresas de telefonia que atuam no Brasil e em Mato Grosso do Sul ainda não aplicaram a redução de ICMS prevista na Lei Complementar 194 de junho deste ano e assim, os consumidores continuam pagando 27% e não 17% do imposto sobre suas faturas.

Para questioná-las, o deputado estadual Paulo Duarte (PSB) protocolou no MPF (Ministério Público Federal) uma representação contra as operadoras de telefonia Vivo, Claro e Tim. “O documento solicita instauração de procedimento administrativo e Ação Civil Pública pelo descumprimento do repasse ao consumidor da redução do ICMS”, diz nota.

A representação exige ainda que as operadoras façam a adequação imediata da alíquota do ICMS em 17% mais 2% para o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, no valor total de 19% e que haja devolução em dobro dos valores excedentes pagos pelos consumidores de Mato Grosso do Sul, além de aplicação de multa diária por descumprimento das determinações impostas.

Lei Federal – a Lei Complementar 194 de 23 de junho de 2022 determina a redução de 27% para 17% na cobrança da alíquota do ICMS de produtos e serviços essenciais, como combustíveis e serviços de telecomunicações, em todo o Brasil.

No entanto, em dois meses e meio de vigência da lei, nenhuma operadora de telefonia (Vivo, Claro e Tim) reduziram o valor das faturas. Para o deputado, “ao contrário do que aconteceu com o valor da gasolina, que todos estavam de olho e fiscalizando, e houve realmente uma redução no preço para o consumidor, nas telecomunicações isso não ocorreu”, sustenta.

Paulo Duarte é economista, servidor público de carreira na área tributária e ex-secretário de Fazenda do Estado, e segundo ele, uma conta no valor de R$ 154,99, por exemplo, a fatura com a redução deveria ser de R$ 135,85.

Em 24 de agosto, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) começou a investigar operadoras de telefonia, que mesmo após a redução do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) em vários estados, não repassaram a queda de impostos aos seus clientes.

Nos siga no Google Notícias