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Economia

MS pode produzir 550 mil toneladas de ferro-gusa em 2022

Estado é o único do Centro-Oeste que produz ferro-gusa via siderurgia

Liana Feitosa | 29/05/2022 09:07
Unidade da Vetorial Siderurgia, produtora de ferro-gusa em Mato Grosso do Sul. (Foto: Divulgação/Vetorial)
Unidade da Vetorial Siderurgia, produtora de ferro-gusa em Mato Grosso do Sul. (Foto: Divulgação/Vetorial)

A produção de ferro-gusa em Mato Grosso do Sul pode deixar um patamar de 230 mil toneladas para alcançar 550 mil toneladas neste ano, de acordo com Gustavo Trindade Corrêa, presidente do conselho de administração da Vetorial Energética, empresa que atua no Estado nos setores da siderurgia e mineração. O produto é uma liga de ferro feita a partir da redução do minério de ferro com carvão ou coque, que é um combustível derivado do carvão.

“Desse total (de 550 mil), 480 mil toneladas serão produzidas pela Vetorial”, detalhou o gestor. Segundo Corrêa, MS é o único estado do Centro-Oeste que produz ferro-gusa via siderurgia. Ele falou sobre o tema no Congresso Florestal MS, realizado em Três Lagoas, a cerca de 320 quilômetros de Campo Grande, promovido durante a Show Florestal, a maior feira da indústria do eucalipto do País.

Mercado - No caso do carvão, ele explica que as empresas da marca consomem cerca de 140 mil metros cúbicos de carvão por mês, “enquanto que em todo o Estado de Mato Grosso do Sul o consumo mensal gira em torno de 2 milhões de metros cúbicos”, o que demonstra a necessidade no aumento da demanda em MS.

O carvão utilizado pela Vetorial provém de três fontes distintas: produção própria, contratos de longo prazo com produtores florestais e do mercado spot, que é o carvão nativo com supressão regularizada.

Ferro-gusa - Já no caso do ferro-gusa, a demanda atual da siderurgia no Estado é de 80 mil hectares de madeira, o que representa menos de 10% da necessidade total de MS, cujo consumo maior é do setor da celulose. No entanto, o setor de ferro-gusa faz aproveitamento de componentes que não são úteis à produção de celulose. “Madeira que seria impraticável para a celulose, para nós é matéria-prima. Inclusive a casca, para a geração de energia”, finalizou Corrêa.

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