MS prevê investimentos de R$ 5 bilhões na mineração até 2024
Grandes empresas do setor têm procurado espaços para se instalar em território sul-mato-grossense
Os investimentos da indústria de mineração em Mato Grosso do Sul deverão ultrapassar os R$ 5 bilhões nos próximos 2 anos, estimou a Semagro (Secretaria de Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar), nesta quinta-feira (4).
A projeção tem como base dados obtidos junto às empresas minerais de agregados, ferro, manganês, cobre, calcários, fosfatos, rochas ornamentais, água mineral e reminerilizadores, que são usados como fertilizantes.
Atualmente, Mato Grosso do Sul a maior reserva de manganês do País, a 2ª maior reserva de calcários e a 3ª maior reserva de ferro de alto teor, atraindo a cobiça e consequentemente investimentos nacionais e internacionais. Além disso, o Estado está situado em localização estratégica para o escoamento dos minerais.
“Estamos em parceria com o Paraguai, Argentina e Chile na construção da Rota Bioceânica, que vai encurtar o caminho para a Ásia em 15 dias. Temos investido muito na logística, construindo novas rodovias, portos e estamos reorganizando o sistema ferroviário, o que nos tornará muito competitivos no mercado nacional e internacional, salientou o titular da Semagro, Jaime Verruck.
Dados recentes confirmam o otimismo para o setor. Segundo a ANM (Agencia Nacional de Mineração), até julho foram emitidas 72 requisições de pesquisa, 21 Alvarás de Pesquisas e 10 requerimentos de licenciamento até maio/2022 em território sul-mato-grossense.
“No Estado, estas empresas podem injetar US$ 1 bilhão no período de 2022 a 2024. Um deles o antigo Complexo Centro Oeste a Vale, que produziu em média 2,7 milhões de toneladas/ano, e agora controlada pelo Fundo J&F, poderá aumentar a extração deste mineral para 3,5 milhões já no primeiro ano, para atender o aumento da demanda nacional e internacional”, explicou o secretário Executivo da MS Mineral, Eduardo Pereira.
A nível nacional , os investimentos da indústria de mineração deverão somar US$ 40,44 bilhões no período de 2022 a 2026, conforme estimativa do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração). O montante para o quinquênio, divulgado pela primeira vez, indica uma queda de quase US$ 900 milhões na comparação com a projeção de investimentos para o período de 2021/2025.
