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Economia

MS terá maior planta de biometano com origem de vinhaça do mundo

Investimento de R$ 350 milhões marca um novo capítulo no desenvolvimento de energia limpa e renovável

Por Gabriela Couto | 26/03/2025 16:21
MS terá maior planta de biometano com origem de vinhaça do mundo
Governador Eduardo Riedel (PSDB) discursando em evento da Expocanas, nesta quarta-feira (26) (Foto: Saul Scharmm)

O setor de bioenergia de Mato Grosso do Sul acaba de dar mais um passo importante em direção à sustentabilidade e inovação. Durante a Expocanas, que acontece em Nova Alvorada do Sul, foi anunciada nesta quarta-feira (26) a instalação da maior planta de biometano com origem de vinhaça do mundo, um projeto da Atvos, uma das principais usinas sucroalcooleiras do Estado.

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Mato Grosso do Sul avança na bioenergia com a inauguração da maior planta de biometano de vinhaça do mundo pela Atvos, em Nova Alvorada do Sul. Com investimento de R$ 350 milhões, a planta reforça a liderança do estado em energia limpa, alinhada aos objetivos de descarbonização. O governador Eduardo Riedel destacou o ambiente favorável para investimentos. A planta, parte de um setor que prevê produzir 4,7 bilhões de litros de etanol em 2024/2025, fortalece a economia local e a redução de carbono. O evento Expocanas, onde o anúncio foi feito, é crucial para o setor sucroenergético.

O investimento de R$ 350 milhões marca um novo capítulo no desenvolvimento de energia limpa e renovável, alinhando-se com os objetivos de descarbonização do Governo do Estado.

A planta, que será construída em Nova Alvorada do Sul, é mais uma prova de que o Estado está se tornando um líder no setor de bioenergia, principalmente com a produção de biometano, etanol e bioeletricidade. Este investimento de grande porte não só fortalecerá a economia local, como também contribuirá de forma significativa para a redução das emissões de carbono.

O governador Eduardo Riedel (PSDB), que esteve presente na cerimônia, comemorou o anúncio e destacou a confiança dos investidores no Estado. “Quando um acionista decide investir aqui, é porque acredita no ambiente favorável que estamos construindo. Mato Grosso do Sul tem se mostrado um local propício para o crescimento e desenvolvimento”, afirmou Riedel, enfatizando a importância do setor de bioenergia como um pilar estratégico para o desenvolvimento regional e nacional.

MS terá maior planta de biometano com origem de vinhaça do mundo
A licença de instalação da unidade foi entregue ao executivo da Atvos, Bruno Serapião, pelo secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) (Foto: Saul Scharmm)

A licença de instalação da unidade foi entregue ao CEO da Atvos, Bruno Serapião, pelo secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). Verruck ressaltou que a bioenergia é um dos eixos estruturantes da política de desenvolvimento do Estado, com destaque para a competitividade e a parceria entre o setor público e privado.

A Atvos, que já opera usinas em três municípios de Mato Grosso do Sul, reafirma seu compromisso com a transição energética no Brasil e no mundo. Segundo Serapião, o projeto de biometano é um reflexo do avanço do setor, que busca reduzir a pegada de carbono e aumentar a participação das fontes renováveis na matriz energética global.

Crescimento - O setor de bioenergia de Mato Grosso do Sul apresenta números impressionantes. A previsão de produção de etanol para o ciclo 2024/2025 é de 4,7 bilhões de litros, um aumento de 11% em relação ao ciclo anterior, enquanto a produção de açúcar será de 2,6 milhões de toneladas, com crescimento de 30% para o ciclo 2025/2026. Esses dados foram apresentados aos participantes da Expocanas, evento que reúne produtores, autoridades e empresários do setor sucroenergético.

MS terá maior planta de biometano com origem de vinhaça do mundo
Governador percorreu exposição nesta quarta-feira de manhã (Foto: Saul Scharmm)

Com 22 usinas de bioenergia em operação e cerca de 50 fornecedores de cana-de-açúcar, o Estado já é responsável por mais de 30 mil empregos diretos. Mato Grosso do Sul se destaca no cenário nacional como o quarto maior produtor de etanol, com uma produção histórica de 4,2 bilhões de litros na safra 2024/2025. A resiliência do setor, mesmo diante de eventos climáticos adversos, foi um dos principais fatores para esse desempenho, segundo Amaury Pekelman, presidente da Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul).

Desafios - Apesar dos avanços, o setor ainda enfrenta desafios, como a possível implementação de um aumento de 30% na mistura de etanol à gasolina, uma medida que pode afetar a produção e a competitividade das usinas. Contudo, as perspectivas para o ciclo 2025/2026 são otimistas, com a expectativa de crescimento contínuo, especialmente no etanol de milho, que representou 37% da produção na safra anterior.

Expocanas - A Expocanas, que segue até o dia 27 de março, é um evento de destaque para o setor sucroenergético e movimenta a economia local, com a presença de mais de 120 expositores e a expectativa de receber mais de 8 mil visitantes por dia. A feira é uma plataforma para demonstração de novas tecnologias, práticas sustentáveis e inovações no setor agrícola. No ano passado, a Expocanas gerou aproximadamente R$ 70 milhões em novos negócios, e os organizadores esperam superar esse número em 2024.

O evento é uma vitrine para as inovações em máquinas agrícolas, equipamentos de ponta e variedades de culturas como cana-de-açúcar, milho, soja e sorgo. Nova Alvorada do Sul, com mais de 100 mil hectares dedicados ao cultivo de cana-de-açúcar, é um dos maiores polos de produção da matéria-prima do Brasil, consolidando o Estado como um líder no setor de bioenergia.

Descarbonização - Mato Grosso do Sul está cada vez mais integrado ao movimento global de transição energética. Todas as usinas de bioenergia do Estado são certificadas no RenovaBio, programa de descarbonização do governo federal. Entre 2020 e 2024, a produção de etanol em Mato Grosso do Sul evitou a emissão de 13,7 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, o que equivale ao plantio de 89 milhões de árvores.

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