Mulheres tem rendimento médio 29% menor que os homens de MS, diz IBGE
O salário médio da mulher em Mato Grosso do Sul é 29% menor em relação ao do homem. Elas ganham R$ 1.565 e eles R$ 2.202, em média, ou seja, a remuneração da mulher equivale a apenas 71% do salário do homem. Os dados são da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada hoje (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O levantamento referente a 2014 mostra que pessoas de 15 anos ou mais recebem remuneração média de R$ 1.935, em MS. O valor é superior ao da média nacional, de R$ 1.760.
Com isso, o Estado é sexto na lista dos que tem maior remuneração. O primeiro é Distrito Federal, cuja a renda média é R$ 3.319. Em seguida estão São Paulo, com R$ 2.152; Rio de Janeiro, com R$ 2.077; Santa Catarina, com R$ 2.036 e Mato Grosso, com R$ 1.941.
A diferença de renda em MS é maior do que a constatada na média de todos os Estados do país. Em todo o Brasil, elas recebem R$ 1.455, enquanto eles ganham R$ 1.979 por mês. Dessa forma, a mulher recebe 27% a menos do que o homem.
Desigualdade – O Estado com maior diferença de salários é Santa Catarina. Por lá, a mulher ganha R$ 2.036 em média e o homem R$ 2.408, diferença de 36%. Em Goiás, esse percentual é de 34% e em Paraná e São Paulo, elas recebem 33% a menos.
Nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Rondônia, Bahia e Paraíba, essa diferença de salários varia entre 32% e 20%. No Tocantins, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Piauí e Ceará, Pará, Maranhão e Alagoas a mulher ganha entre 19% e 11% a menos.
A desigualdade é menor no Acre, onde o salário delas é 10% menor que o deles; no Amazonas, com diferença de 9%; em Roraima, onde o salário da mulher é 4% menor e no Amapá, cuja a diferença fica em 2%. Entre esses Estados, o salário médio das mulheres é maior no Amapá, R$ 1.703 e Roraima, R$ 1.629.
Apesar de a diferença estar entre as menores em Alagoas e no Ceará, nesses Estados o salário médio delas não passa de R$ 983 e dos homens não ultrapassa R$ 1.105. São as duas unidades da federação, onde a remuneração média dos empregados é inferior a R$ 1 mil reais.