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Economia

Aberta a temporada de liquidações e dica é aproveitar com educação financeira

Mesmo com promoções, especialista alerta para falsas quedas de preço e recomenda prudência na hora de gastar

Por Alison Silva e Ana Beatriz Rodrigues | 06/01/2024 12:19
Cartaz em loja destaca queima de preços nacional neste início de ano (Foto: Alex Machado)
Cartaz em loja destaca queima de preços nacional neste início de ano (Foto: Alex Machado)

Com as liquidações e queimas de estoque de produtos não vendidos no Natal e Ano Novo, muitas pessoas aproveitam as promoções deste início de ano para ir às compras. Especialistas dizem que o importante é ter disciplina para pagar as contas já previstas, como o IPTU, IPVA, e muita cautela com o uso do cartão de crédito, que pode se tornar uma “dor de cabeça” já neste mês de janeiro. Diante dos riscos, algumas pessoas juntaram dinheiro para arriscar e outras foram comedidas nos gastos.

Edileuza Lima, 55, decidiu aproveitar as liquidações das lojas da região central da Capital. Ela resolveu alinhar a necessidade e a queda dos preços para comprar uma geladeira nova para a sogra. “A geladeira estragou, temos essas promoções, então vou ter que fazer dívida”, disse a auxiliar de serviços gerais.

Ela contou com a ajuda dos irmãos para comprar o equipamento e foi junto da esposa Maria Luiza, 52 anos, ao centro. Questionada sobre a queda nos preços, ela disse não acreditar nas liquidações e queimas de estoque neste início de ano.

Edileuza Lima, 55 anos, auxiliar de serviços gerais (Foto: Alex Machado)
Edileuza Lima, 55 anos, auxiliar de serviços gerais (Foto: Alex Machado)

“Acho que sobem o preço no final do ano anterior para baixar pouca coisa agora. Vi uma geladeira de R$ 3,5 mil ano passado e agora está R$ 3 mil”, disse. Apesar do pouco movimento no início da manhã, a maioria das lojas destacavam promoções de 80% nos preços.

Pensionista Vera Lucia Arantes, de 67 anos (Foto: Alex Machado)
Pensionista Vera Lucia Arantes, de 67 anos (Foto: Alex Machado)

Diferente de Edileuza, a pensionista Vera Lucia Arantes, de 67 anos, foi ao centro justamente para quitar uma dívida com uma operadora de celular. Mais comedida, ela disse que evita qualquer conta neste início de ano, justamente pelas dívidas já existentes. “Evito qualquer conta neste começo de ano. Tento liquidar tudo o que é possível já que tem um monte de conta para pagar agora, é IPVA, IPTU, os presentes de final de ano”, falou.

Alerta - Para a educadora financeira Sabrina Mestieri Nakao, de 39 anos, o momento é de cautela uma vez que, segundo ela, as promoções de começo de ano servem para liquidar estoque do que restou do natal anterior. “As lojas fazem grade de produtos com qualidade inferior para colocar na promoção. É importante ver se o produto adquirido pode ser trocado, se é algo que você realmente quer, não comprar só porque está na promoção, liquidação”, destacou.

Sabrina Nakao disse que neste período, as liquidações e os preços atrativos devem ser observados com muita atenção para que o consumidor evite cair em ciladas, uma vez que a busca por descontos pode levar os consumidores a agirem impulsivamente, esquecendo-se de observar detalhes essenciais na hora da compra.

Ainda de acordo com ela, as contas já previstas são um peso para o consumidor, que com a reformulação dos juros do cartão de crédito, não deve se ‘iludir’ em compras desnecessárias. Com a mudança, os juros que ficavam na casa dos 400% caíram para 100%, mas isso não significa que as coisas não são complicas ainda. Deve-se ter muito cuidado com endividamento ao usar cartão.

A nova regra para o rotativo do cartão de crédito, válida  desde o último dia 3 deste mês, limita os  juros do rotativo a um valor equivalente a 100% da dívida, mudança aprovada pelo Conselho Monetário Nacional em 21 de dezembro do ano passado.

Orientações - De acordo com as diretrizes do Procon/MS (Secretaria-executiva de orientação e defesa do consumidor) os consumidores  devem ficar atentos às liquidações após o período das compras de final de ano.

Segundo o órgão, ao adquirir uma mercadoria, o consumidor deve observar bem o estado do produto e, quando possível, verificar no local o seu funcionamento, se consta o número de peças e/ou acessórios descritos na embalagem, manual de instruções, certificado de garantia e relação de empresas credenciadas para assistência técnica.

Conforme o Procon, no caso de itens vendidos com pequenos defeitos (roupas com manchas, descosturadas ou móveis/eletrodomésticos com partes amassadas, riscos ou, ainda, peças de mostruário), o consumidor deve exigir que a loja coloque, detalhadamente, na nota fiscal ou recibo/pedido os problemas apresentados.

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