Nível de desemprego cresce e fecha primeiro trimestre do ano em 7,8% em MS
O desemprego em Mato Grosso do Sul ficou em 7,8% no primeiro trimestre deste ano, aumento de 32% em relação ao trimestre passado e 27% em comparação com o mesmo período de 2015. A PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) foi publicada nesta terça-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No trimestre anterior, de outubro a dezembro de 2015, a taxa de desocupação tinha ficado em 5,9%. Em janeiro, fevereiro e março do ano passado, a taxa de pessoas desempregadas era de 6,1%.
O nível de pessoas empregadas também caiu no trimestre, passando de 61,3% de outubro a dezembro de 2015, para 59,7% de janeiro a março deste ano.
Em relação ao número de pessoas empregadas no setor privado sem carteira assinada, caiu de 152 mil para 137 mil no trimestre deste ano. Em contrapartida, os números de empregados no setor público cresceu 7%, passando de 170 mil trabalhadores para 183 mil.
Capital – Em Campo Grande, o desemprego registrado no primeiro trimestre deste ano é de 7,4%, aumento de 42% em comparação com outubro, novembro e dezembro do ano passado, quando o nível de desocupação era de 5,2%.
Há dois anos desempregada, Cristiane Cariaga Reinoso, 28, diz que a dificuldade em conseguir emprego está na indicação. "Eu sempre vou até a Funsat, Funtrab, sempre mando currículos e procuro emprego para ser recepcionista, balconista, mas não consigo nada. Vejo que muitas pessoas que estão empregadas conseguiram por indicação. Enquanto eu não consigo nada, vou me virando do jeito que dá e fazendo cursos para acrescentar no currículo".
Jenipher Roberta Soares, 22, procura emprego há dois meses para auxiliar de sala. "Não tem como competir com uma pessoa que é indicada. Quando se conhece o dono fica mais fácil e tira a vaga de quem tem um bom currículo e experiência", afirma.
Segundo Luciele Alexandre Silva Martins, 19, a maioria das empresas exigem experiência. "Eu procuro vaga para auxiliar administrativo e tenho experiência como aprendiz. Quero me especializar fazendo cursos, mas preciso do emprego para pagar por isso", alega.