No maior bairro da Capital, eleição é oportunidade de lucrar com vendas
No maior bairro de Campo Grande, o Aero Rancho, o domingo de eleições é, também, dia de tentar lucrar com a movimentação diferente provocada pela votação, que corre tranquila na região, onde vivem mais de 35 mil pessoas. Nas principais ruas do bairro, a Tancredo Neves e a Raquel de Queiroz, o comércio abriu as portas, de loja de roupas a mercados, de olho nos eleitores que, ao ir votar, podem dar uma passadinha e fazer compras. Vendedores ambulantes de bebias e alimentos também aproveitam a data.
A rua Tancredo Neves, uma das que tem mais comércios no bairro, tem todo tipo de estabelecimento aberto neste 5 de outubro, incluindo salão de beleza, farmácia, conveniência. O comerciante Denilson Rodrigues, dono de uma loja de confecções, contou que raramente abre o estabelecimento, mas hoje decidiu pelo funcionamento, com expectativa de aproveitar o movimento de pessoas pelo bairro. “Até agora o movimento é fraco, mas pretendo continuar aberto até o meio-dia”, contou.
Na frente da escola Irene Szukala, local de votação, o que chama atenção é a presença de vendedores ambulantes. A dona de casa Cristiane do Prado, 24 anos, nunca havia vendido salgados, mas resolveu estrear hoje, no dia da votação, para “ganhar um extra”. Fez 80 salgados, fritos, improvisou um forno na calçada e esperava vender todos até o fim da tarde, ao preço de 2 reais cada. Também oferece refrigerante aos clientes que vão votar.
Aos 58 anos, Jacira da Silva Rodrigues, já está acostumada a esse movimento. Há 10 anos, ela tem um bar, na frente da escola, e abriu hoje, para vender salgados e bebidas. Hoje, afirmou, o movimento está abaixo de outras eleições, mas a esperança é que, com o aumento da temperatura ao longo do dia, haja uma procura grande por água mineral.
Para Antônia Gomes Viana dos Santos, 65, o domingo foi dia de mudar de produto vendido para atrair a atenção dos eleitores. Ela trabalha com a venda de raízes, no Centro de Campo Grande, e hoje estava vendendo alimentos. Levou pão italiano, esfiha, quibe e enroladinho de salsicha para a frente da escola. Disse que as vendas começaram boas e que trouxe apenas 35 unidades. Junto, veio a filha, que vende água, refrigerante e água de coco. O trabalho de Antônia tem hora para acabar. “Depois quero embora, me arrumar e votar”.