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Economia

Pesquisa indica que, com comércio fechado, inadimplência caiu entre clientes

De acordo com pesquisa, dentre as 178.385 famílias que possuem dívidas, número de inadimplentes caiu em relação ao mês passado

Guilherme Correia | 15/04/2020 13:50
Pesquisa indica que, com comércio fechado, inadimplência caiu entre clientes
Centro da cidade, reaberto nesta semana, voltou a atrair consumidores (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)


Com o comércio fechado e o movimento "fique em casa" para evitar a disseminação do novo coronavírus, caiu drasticamente a intenção de compra em Campo Grande. É o que apontam dados da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), feita pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo ).

De março para abril, houve aumento de apenas 0,1% das famílias campo-grandenses que possuem alguém endividado. Já as inadimplentes, ou seja, famílias que não terão condições de quitar as dívidas, caiu 3,1%.


Inadimplentes
Endividados
Março 
11,7%
57,1%
Abril
8,6%
57,2%

De acordo com os dados, são 9,6 mil famílias a menos que se encontram na situação de inadimplência. Ao todo, 178.385 famílias estão endividadas neste mês, ou seja, possuem dívidas com cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal ou prestações de carro e seguros.

O principal vilão dos consumidores que se endividam é o cartão de crédito. Mais da metade (68,7%) dos casos de dívidas se dão pela linha de crédito. seguido pelos carnês (21,4%), financiamento de casa (15,4%) e financiamento de carro (11,5%).

Medo da crise - De acordo com informações do IPF-MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS), os números não representam necessariamente algo positivo. "Essa redução no indicador de inadimplência se deve, em partes, ao fato das pessoas estarem comprando menos, justamente por terem desenvolvido um comportamento mais cauteloso diante do receio do coronavírus, do desemprego e das expectativas sobre a economia", afirma a economista do Instituto, Daniela Dias.

Outro fator que pode ter influenciado é o aumento em políticas públicas de renegociação das dívidas, que de acordo com a pesquisadora, beneficia as famílias por pelo menos dois meses.

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