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Economia

Presidente da Petrobras diz que visita é 1º passo da revitalização da UFN3

No entanto, Jean Paul Prates, diz que ainda não há plano traçado para retomada da obra, parada desde 2014

Por Silvia Frias | 26/04/2024 11:13
Governador Eduardo Riedel, presidente da Petrobras, Jean Paul Prates e ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (Foto: Álvaro Rezende/Secom)
Governador Eduardo Riedel, presidente da Petrobras, Jean Paul Prates e ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (Foto: Álvaro Rezende/Secom)

O presidente da Petrobas, Jean Paul Prates, disse que a visita técnica esta manhã à fábrica de fertilizantes da UFN3, em Três Lagoas, é o primeiro passo da revitalização ou reaprovação da planta de hidrogenados no município. Por enquanto, não se sabe qual modelo será adotado para a retomada da obra, mas o Governo Federal trabalha com cronograma que prevê a abertura em 2026.

Antes da visita técnica, a comitiva falou com a imprensa, ainda no aeroporto de Três Lagoas.

A visita técnica será acompanhada pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o governador do Estado, Eduardo Riedel, e gerentes da Petrobras. Na coletiva, estavam presentes, além de deputados estaduais, o prefeito de Três Lagoas, Ângelo Guerreiro, e de representantes de prefeituras de cidades próximas.

Prates explicou, durante a coletiva, que a Petrobras havia “descontinuado” a produção de fertilizantes, sendo considerado negócio secundário. Voltou e saiu dos planos da estatal e, em outubro de 2023, houve a retomada do projeto. “É raciocínio plenamente correto, faz todo sentido, estamos em um ponto central [do país]”, disse, referindo-se à logística do transporte e distribuição.

Segundo o presidente da Petrobras, a ideia se mantém, mesmo com o uso de gás natural proveniente da Bolívia, negociado em valor mais caro, se comparado a outros mercados internacionais. “Estamos a quilômetros de distância do Qatar, do Irã, essa é a lógica da planta de Três Lagoas, mesmo que o gás seja mais caro, nós temos que fazer dar certo aqui, porque o consumo é aqui, então, tem lógica cortar custos de logística”.

Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, durante coletiva de imprensa (Foto: Álvaro Rezeden/Secom)
Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, durante coletiva de imprensa (Foto: Álvaro Rezeden/Secom)

Prates explicou que esta é a primeira etapa: uma visita técnica para avaliar as condições econômicas e ambientais da estrutura, que teve obra suspensa em 2014. “Então, uma vez definida esta viabilidade econômica não é só um sim ou não, é ver o quanto é viável para a gente poder ajudar o projeto ao longo da vida dele”, disse.

Somente aí, poderá ser anunciada a abertura de edital ou a vinda de parceiro sócio na empreitada. “A gente ainda está definido tudo isso, não tem prazo ainda”, afirmou, dizendo que preliminarmente, se trabalha com cronograma 2025/2026, entre abertura de licitação e execução da obra. “Mas isso depende desse processo todo”, afirmou o presidente da Petrobras.

A ministra Simone Tebet enfatizou que, o que depender do Governo Federal, a fábrica de fertilizantes vai fazer parte do plano de investimentos da Petrobras. “Mas há toda uma burocracia a ser feita por isso”, disse. Segundo ela, a vistoria faz parte do processo para verificar a viabilidade do projeto e valores envolvidos. “Até dezembro, estas respostas estarão respondidas”.

Na coletiva, o governador Eduardo Riedel disse que “esse é projeto para o Brasil”, extrapolando as ações positivas para Três Lagoas. Também falou das ações do governo, com melhorias em estradas para desenvolvimento da logística do Estado, como o projeto “Ms Ativa Municipalismo”, que prevê investimento nos 79 municípios de MS.

O titular da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, diz que a vinda da Petrobras é “ponto crucial” na retomada do projeto e se disse otimista em relação ao término da obra. “Três Lagoas está prestes a retomar aquele grande ‘boom’ em termos de desenvolvimento econômico que estava previsto”.

Novela - A construção da UFN3 em Três Lagoas teve início em 2011 e a obra foi paralisada em dezembro de 2014 com 81% de conclusão, após a Petrobras romper o contrato com o consórcio responsável pela obra. A estatal colocou a UFN3 à venda em setembro de 2017, alegando que não tinha mais interesse em seguir no segmento de fertilizantes.

Em 2022, a empresa russa Acron manifestou interesse na compra da fábrica. Negociações foram iniciadas, mas não concluídas porque o plano de negócios proposto pelo potencial comprador queria rebaixar a fábrica para uma indústria misturadora de fertilizantes, que não teve aprovação nem do governo estadual, nem da Prefeitura de Três Lagoas.

(Com colaboração de Ricardo Ojeda, do Perfil News).

Governador Eduardo Riedel falou dos projetos de MS para desenvolvimento da logística (Foto: Álvaro Rezende/Secom)
Governador Eduardo Riedel falou dos projetos de MS para desenvolvimento da logística (Foto: Álvaro Rezende/Secom)

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