Produtores de soja de MS tem vazio sanitário a partir do dia 15
Os produtores de soja em Mato Grosso do Sul tem a partir do dia 15 de junho de respeitar e praticar o vazio sanitário na produção da leguminosa. Pelos próximos três meses, fica proibido o cultivo da soja para se ter um tempo de prevenção, controle e auxilio na erradicação da ferrugem asiática. A ferrugem é uma das principais doenças que afeta a cultura, sendo provocada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, que fica após a colheita. O cuidado no Estado vem registrando queda no número de casos em nível estadual.
A proibição do cultivo da leguminosa vai até o dia 15 de setembro, conforme estabelece a lei estadual. Além de proibir o cultivo, a legislação estabelece que os sojicultores do estado devem eliminar até o dia 14 de junho, todas as plantas voluntárias, chamadas de guachas ou tigueras, em suas propriedades, seja por meio de defensivos ou por processos mecânicos.
Segundo dados do Consórcio Antiferrugem, parceria público-privada que atua no combate a doença, nas últimas três safras de soja o número de casos em Mato Grosso do Sul caiu 40,63%, passando de 32 registros no ciclo 2012/2013 para 19 na temporada 2014/2015, que contabilizou com crescimento de 8,4% na área cultivada no Estado.
Multa - O descumprimento do período do vazio sanitário, de acordo com a lei estadual, pode implicar em autuação da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e multa no valor de mil unidades fiscais estaduais de referência (Uferms), o equivalente a R$ 21.270, com a cotação da Uferms em R$ 21,27 para o mês de junho.
Record
Mato Grosso do Sul registrou a maior produção de soja de sua história na safra 2014/2015, que teve a colheita encerrada no início de abril. Foram 6,890 milhões de toneladas, um volume 12% superior ao do ciclo passado, quando produziu 6,148 milhões de toneladas.
Esse aumento se deve ao crescimento de 8,4% na área cultivada com a oleaginosa na comparação das duas safras (2013/2014 e 2014/2015), que passou de 2,120 milhões de hectares para 2,300 milhões de hectares e também a ampliação de 3,3% na produtividade, que subiu de 48,3 sacas por hectare (2.900 quilos por hectare) para 49,9 sacas por hectare (2.995 quilos por hectare).