Projeção para a inflação em 2014 cai para 6,44%, perto do limite máximo
A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), caiu de 6,48% para 6,44%, este ano. Para 2015, a estimativa passou de 6,10% para 6,12%. As projeções fazem parte da pesquisa semanal do BC (Banco Central) sobre os principais indicadores econômicos.
Os números estão acima do centro da meta de inflação (4,5%) e um pouco abaixo do limite superior (6,5%). É função do BC fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic.
Essa taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.
O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
A projeção das instituições financeiras para a Selic, ao final deste ano, foi mantida no atual patamar (11% ao ano). Para o final de 2015, a projeção segue em 12% ao ano.
A pesquisa semanal do Banco Central também traz a mediana das expectativas para a inflação medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna), que passou de 5,04% para 4,49%, em 2014, e segue em 5,50%, em 2015. Para o IGP-M(Índice Geral de Preços - Mercado), a estimativa foi ajustada de 5,04% para 5,01%, este ano, e de 5,61% para 5,55%, em 2015.
A estimativa da inflação medida pelo IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) foi ajustada de 5,69% para 5,56%, este ano, e de 5% para 5,13 %, em 2015.