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Economia

MS lança projeto de R$ 70 milhões para dobrar produção de leite

Paula Vitorino e Fabiano Arruda | 04/06/2012 09:59
Secretária estadual Tereza Cristina discursa durante lançamento do programa "Leite Forte"; objetivo é fazer com que produção atinja 2 milhões de litros por dia. (Foto: Divulgação)
Secretária estadual Tereza Cristina discursa durante lançamento do programa "Leite Forte"; objetivo é fazer com que produção atinja 2 milhões de litros por dia. (Foto: Divulgação)

Com a meta audaciosa de dobrar a produção diária de leite no Estado e investimento de R$ 70 milhões, o governador André Puccinelli lançou nesta manhã (4) o projeto Desenvolvimento da Bacia Leiteira na Região Central de MS – Leite Forte.

O objetivo é qualificar e ampliar a produção de leite, que na maior parte é feita por pequenos produtores e de forma informal, o que prejudica a qualidade do produto final.

“Isso é muito importante porque o leite é um alimento destinado principalmente as crianças”, frisa a secretária Seprotur (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção e Turismo), Tereza Cristina.

Segundo a secretária, a produção média por vaca no Estado é de 2,3 litros. “É uma produção ridícula”, frisa. Ao longo de três anos, o projeto quer aumentar para 12 litros a produção diária de cada vaca.

Com isso, a produção diária de todo o Estado dobraria, passando de 1 milhão para 2 milhões de litros.

Inicialmente, o projeto vai contemplar 1.500 produtores em 17 municípios - Anastácio, Aquidauana, Bandeirantes, Camapuã, Campo Grande, Corguinho, Dois Irmãos do Buriti, Jaraguari, Nova Alvorada do Sul, Nioaque, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Rio Negro, Rochedo, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia e Terenos.

De acordo com o Governo, a expectativa é estender o projeto aos demais municípios do Estado após a consolidação da primeira etapa. O investimento de parceiros e produtores ao longo dos três anos será de cerca de R$ 70 milhões incrementando a atividade em R$ 175 milhões ao longo deste período.

Estão sendo capacitados 50 técnicos, que prestarão assistência técnica e gerencial aos produtores beneficiados, que também participarão de capacitação com 40 horas/aula de curso.

Além da preocupação com a qualificação e a produção, a secretária informou que o projeto irá mapear os pontos críticas nas estradas utilizadas para escoamento da produção. “Queremos melhorar o transporte do leite, mas isso será feito ao longo dos anos”, explica.

Convênio com o Ministério da Integração e Agraer também vai distribuir 500 kits de irrigação para melhor as condições de produtividade nas propriedades rurais.

Incremento - Como incremento no setor, Tereza também frisa a importância de industrias para fomentar a atividade. Ela destaca empresa de laticínio que foi instalada em Terenos e hoje trabalha com 240 mil litros de leite por dia, mas tem capacidade para chegar a 1 milhão de litros por dia, o que equivale a quase toda a atual produção diária do Estado.

“A chegada dessa empresa ajuda a fomentar o setor e aumenta a demanda. Nosso objetivo é também que o Estado tenha condição de exportar o leite com qualidade”, frisa.

A presidente do Sindicato das indústrias de Laticínio do Estado, Milene Nantes, ainda lembra que o setor enfrenta período de baixa produtividade, entre maio e setembro, por conta das condições climáticas, mas que na outras épocas os produtores chegam a ficar com leite sobrando.

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