Reitora fala com alunos e promete explicações sobre reajuste em 10 dias
Depois de impedir o funcionamento do DCA (Departamento de Controle Acadêmicos) da Anhanguera-Uniderp durante todo o dia nesta quarta-feira (25), os alunos do curso de Medicina da universidade foram ouvidos pela reitora, a professora Leocádia Aglaé Petry Leme.
Em reunião com cinco representantes de cada ano do curso, foi estabelecida uma data para que a representante apresente resposta às reivindicações dos alunos: próximo dia 10, às 17h.
Cobrança abusiva - Entre os pedidos dos estudantes está a apresentação da planilha e custos da instituição que deve justificar os valores praticados na mensalidade do curso. A tarifa mensal aos calouros que não tem acesso a descontos é de R$ 10.300.
Antes da confusão, no início do ano, recém-aprovados pediram explicações acerca dos aumentos da faculdade na secretaria da universidade, mas, além de terem as informações negadas, não conseguiram acesso às planilhas de custos da instituição, dados que não podem ser negados, segundo o Código de Direito do Consumidor.
Nesta quarta-feira (25), depois de 20 dias e três adiamentos no prazo, os documentos foram entregues à superintendência do órgão, segundo a reitora.
Procon - Diante da informação, o advogado Paulo Henrique Menezes, que representa alunos calouros, foi ao órgão pedir a planilha na manhã desta quinta-feira (26). No entanto, a entrega do documento foi negada segundo ele.
"Por isso, acionamos a Comissão Processante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para nos acompanhar até o Procon nesta tarde para que o órgão nos entregue a planilha", conta o advogado. "Estão se negando a dar informações a advogados, o que não pode ocorrer, já que o processo é público", completa o representante.
O Campo Grande News tentou falar com a superintendente do órgão, Rosimeire Cecília da Costa, mas as ligações não foram atendidas, nem as feitas ao telefone de seu gabinete, nem as realizadas para o celular.
Entre as reivindicações estão explicações acerca dos valores praticados pela universidade e pedido de diminuição da mensalidade do curso de Medicina.
Os alunos também pedem isonomia na concessão de descontos e nas cobranças, já que a instituição não aplica valores iguais a alunos de uma mesma turma. Eles também questionam a falta de melhorias no curso e alegam utilização de materiais sucateados.