Sem ligar para aglomeração, pais reclamam é de preços no dia “D” das crianças
Com o feriadão prolongado, sábado é dia de ir para as ruas em busca de presentes para a criançada, muitos sem máscaras
Com o feriadão prolongado, o sábado (10) se tornou o dia “D” para quem ainda pretende comprar presentes para a criançada, celebrado na segunda-feira (12), e também para os trabalhadores do comércio.
A região central de Campo Grande ficou movimentada nesta manhã, principalmente no entorno da 14 de Julho com a Afonso Pena. Não é difícil ver corredores cheios de pais, sem qualquer medo da pandemia.
Em alguns casos a negligência é ainda maior. Cada vez é mais fácil ver famílias inteiras sem máscaras entrando e saindo das lojas. Na frente do Planeta Real, mãe e duas filhas haviam acaba do sair depois de um tempo em busca dos presentes, todas sem o item fundamental no controle da covid-19.
Fiscal de caixa da loja, Paula Oliveira relata que a desobediência quanto ao uso da máscara tem de sobra. "Toda hora tem que ficar anunciando, a gente anuncia: 'por favor, clientes colocarem a máscara no interior da loja, não pode permanecer sem máscara'", fala.
O problema fica ainda maior se os funcionários chamam a atenção individualmente. "O cliente não gosta, fica brava. Está todo mundo relaxando, ontem mesmo tive que anunciar que máscara não é no queixo, que só vale no nariz", completa Paula.
Entre os depoimentos, ninguém fala das regras de biossegurança. O que os pais reclamam é dos preços.
A salgadeira Claudineia Ortilho, de 35 anos, tem três filhos, de 3, 10 e 14 anos, e diz que foi ao Centro da Capital para tentar comprar presentes para todos, mas reclama dos valores que encontrou.
“Está muito caro. Não sei se é efeito da pandemia. Mas estamos procurando para ver se encontramos lugares mais baratos”, diz.
Hellen Leite Pereira, de 34 anos, conta que já comprou presentes para os filhos e agora está atrás de mimos para os sobrinhos, de 4, 6 e 7 anos.
“Vim atrás de brinquedos mesmo. Dei uma primeira olhada, vamos continuar procurando bonecas e carrinhos. Acho que neste ano está menos movimentado que no ano passado, mas os preços parecem os mesmos”, afirma.
Já a pedagoga Neuciane Pinho, de 38 anos, relata que vai comprar brinquedo para o filho de 9 anos, mas os outros mais velhos, de 14 e 17 anos, não ficarão sem agrados. “Os outros [filhos] também vão ganhar alguma coisa. Aparentemente este ano está bem mais caro. Uma boneca que comprei por R$ 18 hoje está quase R$ 40”, reclama.
O gerente da Planeta, na Afonso Pena, Pedro Magalhães, de 41 anos, avalia que o sábado será o dia de mais vendas visando o Dia das Crianças.
“Este ano está até melhor. Pensamos que estaria pior por causa da pandemia, mas na verdade não, esperamos que as vendas sejam de 10% a 15% do que ano passado”, aponta.