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Economia

Peixarias se preparam para aumento nas vendas durante a quaresma

Movimentação começa na Quarta-feira de Cinza e pode até triplicar na Semana Santa

Por Fernanda Palheta e Geniffer Valeriano | 03/03/2025 10:49
Peixarias se preparam para aumento nas vendas durante a quaresma
Clientes olhando opções disponíveis em peixaria de Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)

A Quarta-feira de Cinzas (5) marca o início da Quaresma para os católicos, e o período que termina com a Semana Santa, este ano comemorada em 20 de abril, é considerado o “Natal” para as peixarias que veem o movimento crescer todos os anos. Para atender a demanda, o setor já se preparar para o aumento nas vendas.

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Peixarias de Campo Grande se preparam para aumento nas vendas durante a quaresma, período considerado o "Natal" do setor. Proprietários relatam aumento na procura por peixes como Pacu, Pintado e Tilápia, e esperam crescimento de até 40% nas vendas. Aumento é esperado após o Carnaval e se intensifica na Semana Santa, com vendas até 10 vezes maiores que em meses normais. Setor garante não aumentar os preços, visando o fluxo de vendas.

O proprietário da Peixaria Aero Rancho, Antônio Marcos Pereira, de 52 anos, afirma que o estoque para o período já começou a chegar à loja. “Nesse período aumenta um pouco, porque vem a Quarta-feira de Cinzas e durante a Quaresma nas quartas e sextas as pessoas procuram mais por peixes”, detalha.

Para dar conta da demanda ele pretende triplicar o estoque. “Todo ano falta e temos que comprar mais. A falta acontece mais para o final da quaresma. É nosso Natal esse período”, completa. A maior procura, de acordo com ele, é de Pacu, Pintado e Tilápia, que são vendidos por R$ 32,90, R$ 45,90 e R$ 48,90, respectivamente.

Já proprietário da Peixaria MS, Luiz Carlos Barbosa, de 78 anos, conta que a procura já começou, mas as vendas se intensificam mesmo com o fim do Carnaval. “Todo ano nos preparamos para o melhor e esperamos que esse ano seja assim também, na Quarta-feira de Cinzas temos um aumento de 30% a 40% nas vendas. Esse crescimento já serve como um termômetro para o que vem na Semana Santa”, afirma.

Durante os 40 dias em que os fies deixam de comer ou reduzem o consumo de carne vermelha como sacrifício para a celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, a venda de peixe é 10 vezes maior que em um mês normal na peixaria de Luiz. Ele afirma que o crescimento é tão significativo que não precisa fazer promoções e garante que não aumenta o preço.

“A gente ganha no fluxo de vendas. Na Semana Santa sobe mais ainda, então não tem porque aumentar o preço”, disse. Segundo ele os peixes mais procurados são o Pacu, vendido a R$ 25,90 o  quilo, o Pintado, que custa R$ 52,00, e o Dourado, por R$ 55,00 o quilo.

E logo ele explica que o Dourado não é de Mato Grosso do Sul, onde é proibida a pesca e comercialização. A espécie vem de Minas Gerais, assegura Luiz. “O pessoal desacostumou de comprar Dourado. Muitos acham que não está sendo vendido e quando chegam são surpreendidos”, relata.

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