Venda direta das usinas aos postos de combustíveis deixa litro do etanol R$ 4,19
Apesar da alteração, motoristas continuam preferindo utilizar a gasolina por não compensar a diferença
Os postos de combustíveis de Campo Grande já reduziram o valor do litro do etanol hidrato após a Lei 14.292/2022 que permitiu a venda direta das usinas aos postos de combustíveis, eliminando-se a intermediação das distribuidoras.
Em uma rápida volta pelos mesmos locais visitados no início do mês a reportagem do Campo Grande News encontrou etanol por até R$ 4,19. O Posto Ipiranga da Avenida Calógeras com 26 de Agosto vendia o mesmo litro de etanol no começo do mês por R$ 4,64.
Apesar da redução de R$ 0,45 como neste caso, o consumidor ainda continua preferindo abastecer com gasolina. Conforme apurado, o litro da gasolina no mesmo locar era vendido a R$ 5,35. A diferença entre os dois combustíveis era de 78%, sendo que o percentual recomendado pela alternativa ao etanol é de 70%.
Confira a tabela de diferença dos valores do combustível no levantamento feito no dia 1º de julho com o realizado hoje nos mesmos locais.
A conta é bem simples. Basta dividir o valor do litro do etanol pelo da gasolina. Se o resultado é inferior a 0,7 compensa o etanol, caso superior a gasolina vale mais a pena. A expectativa é que nas próximas semanas o valor possa sim cair ainda mais. Isso porque os estoques do etanol devem ser renovados com novos valores na compra direto do posto de combustível.
A notícia da redução no litro do etanol para até R$ 4 em alguns estados brasileiros foi celebrada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Em uma rede social ele postou a seguinte frase: “Em alguns estados o etanol já se encontra abaixo de R$ 4,00 o litro. Outro fator que puxou para baixo o preço foi a concorrência com a gasolina, que teve sua carga tributária também diminuída por lei federal.”
O presidente ainda mostrou otimismo com o cenário dos preços do etanol no Estado. “- Além dos estados do Nordeste, os mais beneficiados com a queda dos preços são São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, exatamente por serem os maiores produtores de cana voltada ao etanol.”
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