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Economia

Vendas subiram no Natal, mas comércio não recuperou perdas da pandemia

Com índice inflacionário anual de 10,42%, crescimento real foi de 1,58%, segundo CDL

Caroline Maldonado | 29/12/2021 12:32
Movimento da Rua 14 de Julho na véspera do Natal (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)
Movimento da Rua 14 de Julho na véspera do Natal (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)

As vendas do comércio varejista neste Natal aumentaram 12% em relação ao ano passado. Levando em conta o índice inflacionário anual de 10,42%, o crescimento real foi de 1,58%, segundo a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande). O resultado é de levantamento com 320 empresas, entre lojas de rua e shoppings da base de dados SPC Brasil.

Apesar de tudo, a entidade avalia os resultados como positivos e comemora o fato dos comerciantes estarem entrando em 2022 com saldo positivo, diferente do que ocorreu em dezembro de 2020, o primeiro ano da pandemia, na avaliação do presidente da CDL, Adelaido Vila.

“O ano de 2021 foi extremamente desafiador para todo o varejo. Entre altos e baixos, entre contaminação pela Covid 19 e a vacinação, tivemos um bom Natal, com crescimento nas vendas, ainda que a inflação esteja em alta, avaliamos como positivo, uma vez que os nossos varejistas irão iniciar o ano com caixa e, principalmente, gerando mais postos de trabalho”, explica Adelaido.

Mesmo positivo em relação a 2020, quando houve queda nas vendas, o movimento ainda não recuperou os níveis pré-pandemia, segundo Adelaido. “O Natal de 2019 teve crescimento de mais de 4%, portanto ainda não recuperamos as perdas, mas estamos no caminho”.

Adelaido acredita que é muito importante para os comerciantes a valorização por parte das autoridades e criação de políticas públicas que incentivem a abertura de novas empresas.

Presidente da CDL, Adelaido Vila (Foto: Arquivo/Kísie Ainoã)
Presidente da CDL, Adelaido Vila (Foto: Arquivo/Kísie Ainoã)

“Estamos no estado do agronegócio que, sem dúvidas, é um setor extremamente importante para nossa balança comercial, mas no dia a dia, no movimento da economia, quem realmente precisa ser valorizado é o varejo, que é quem gera empregos para a população, que é quem faz o dinheiro circular”.

Ao longo do ano, foi preciso ser “duro e subir o tom da voz”, nas palavras de Adelaido. Tudo isso para que a “conta da pandemia” não recaísse apenas sobre os varejistas. “E esse posicionamento forte e em defesa do varejo nos credencia a buscar importantes conquistas, como o congelamento do IPTU e a revogação do decreto das fachadas”, avalia.

Para o próximo ano a expectativa é de crescimento. “É um ano eleitoral que promete ser bem conturbado. Ainda temos a pandemia, mas acreditamos que o varejo tem tudo para crescer. Vamos incentivar os empresários a investir em qualificação e em atualização, pois a tecnologia está aí, é um caminho sem volta e quem não se preparar, vai perder”, prevê Adelaido.

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