Com recorde,“Voucher Desenvolvedor” anima por ser gratuito e na área de TI
Neste domingo de prova, reportagem encontrou candidatos dos 17 aos 56 anos na UFMS
Na lista dos 2.445 inscritos para a prova do “Voucher Desenvolvedor”, a reportagem encontrou candidatos dos 17 aos 56 anos neste domingo (28). Todos animados diante da oportunidade de estudar de graça em uma área cheia de oportunidades para o futuro: tecnologia da informação.
São 540 vagas em jogo e a procura, quase cinco vezes maior do que o total, surpreendeu o governo, idealizador do programa. Em Campo Grande, a seleção acontece na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
Estudante do 3º ano do Ensino Médio, Ronan Silva, 17 anos, conta que se inscreveu por sugestão da chefe. “Desde pequeno gosto da área de tecnologia e informática. Sempre pensei em trabalhar com isso e me especializar em programação. E quanto mais cursos, melhor. Pretendo fazer faculdade na área de informática”, diz o adolescente.
A oportunidade também atraiu a atenção dos irmãos Vitor Bueno, 32 anos, e Márcio Bueno, 26 anos. Vitor afirma que até foi aluno do curso, mas a pandemia chegou e ele teve dificuldades para cumprir a grade de aulas semipresencial. “Virou uma bola de neve e não consegui concluir. O preço era R$ 500, o que acabava dificultando o acesso”, diz Vitor.
Ele trabalha com entregas e em barbearia. Caso aprovado, pretende migrar para a área de programação.
Gerente de um comércio, Márcio destaca que se inscreveu porque foi incentivado pelo irmão. “É a profissão do futuro”, diz.
Recém-formada em Direito e vinda do Pará há um ano, Lívia Fagundes, 40 anos, conta que inscreveu porque o curso auxilia na profissão e também pode abrir portas em outras áreas.
Maria Lopes, 56 anos, afirma que o fato de o curso ser gratuito foi determinante. “Minha filha ia fazer a prova e me motivou. Será um desafio, porque mal sei mexer no celular. Mas será bom para o futuro, com cada vez mais internet, informática”.
Rhyann Marques, 17 anos, optou pelo curso por afinidade. “É uma área que gosto e pretendo trabalhar nisso”. Ele concluiu o Ensino Médio e vai começar a cursar Ciências Biológicas.
Mãe de Rhyann, a enfermeira Zilda Alves, 46 anos, destaca que estudar de graça é uma oportunidade única. “Cada vez mais será preciso lidar com informática, com software. É importantíssimo que as pessoas se especializem nisso. O curso sairia mais caro do que a faculdade”, diz.
Zilda conta que conseguiu duas bolsas para o filho na universidade, reduzindo o valor de R$ 700 para R$ 180.
Das 540 vagas, 300 são em Campo Grande, 90 em Dourados, 90 em Três Lagoas, 30 em Corumbá e 30 em Ponta Porã. O investimento total do governo é de R$ 4,9 milhões. O curso técnico tem duração de 16 meses. A iniciativa é em parceria com o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.