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Educação e Tecnologia

Estudantes protestam contra cortes na educação durante SBPC

Ato começou nos corredores da UFMS e foi parar na Avenida Costa e Silva

Tainá Jara e Jones Mário | 24/07/2019 19:17
Houve confusão com os seguranças da UFMS. (Foto: Kísie Ainoã)
Houve confusão com os seguranças da UFMS. (Foto: Kísie Ainoã)

Cerca de 200 pessoas participaram no final da tarde desta quarta-feira de manifestação contra os cortes do governo Federal na educação e participação do capital privado nas instituições públicas de ensino. O protesto ocorreu durante a 71º reunião da SBPC (Sociedade Brasileira de para o Progresso da Ciência), maior feira de ciência da América Latina, realizada na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.

A concentração de alunos, professores, técnicos e pesquisadores de todo o Brasil, começou por volta das 17h, em frente a Biblioteca Central da instituição. Depois de circularem pelos corredores e estruturas instaladas para receber o evento, os manifestantes seguiram para Avenida Costa e Silva.

Estudante do curso de pedagogia da UFMS, Agnes Duailibi, 21 anos, é muito representativo realizar este protesto durante o evento. “Fazer um ato no meio da SBPC é mostrar que embora agora a universidade pareça limpa, arrumada e que não existe crise, a verdade é que desde que Weintraub entrou instalou a maior crise dos últimos anos nas universidades públicas”, afirmou fazendo referências ao ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Enfermeiro do Inca (Instituto Nacional de Câncer), Nelson Virla, também participou do protesto. Segundo ele, a instituição já sente os impactos dos cortes de recursos. “Já tivemos leitos fechados para tratamentos de câncer. Com o contingenciamento não tivemos condições de manter. Também não tem previsão de concurso para reposição do quadro de profissionais, mesmo tendo uma leva grande de pessoas que estão se aposentando”.

Protesto ocorreu durante maior feira de ciência da América Latina (Foto: Kisie Ainoã)
Protesto ocorreu durante maior feira de ciência da América Latina (Foto: Kisie Ainoã)

Future-se - Também foi alvo de críticas dos manifestantes o programa Future-se, lançado na semana passada pelo MEC (Ministério da Educação). A proposta é alterar a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) e outras 16 leis em vigor para mudar autonomia financeira de universidades, ampliando participação do capital privado.
Na solenidade de abertura da SBPC, realizada no último domingo, a apresentação do programa pelo secretário de Educação Superior, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, gerou vaia do auditório lotado.

A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que sedia o evento, foi uma das unidades federais que mais tiveram recursos contingenciados no País. Conforme anúncio feito em maio, foram cerca de R$ 80 milhões retidos, sendo que R$ 29 milhões são diretamente do MEC e R$ 51 milhões de bloqueios de emendas parlamentares. Para realização da SBPC, foi negociada a liberação de R$ 4 milhões.

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