Maioria não tem o hábito de se "consultar" com farmacêuticos
Apesar do resultado, opiniões nas redes afirmam que é a opção mais fácil e rápida

Resolução nº 5 de 20 de fevereiro de 2025 do CFF (Conselho Federal de Farmacêuticos) diz que o farmacêutico está autorizado a prescrever medicamentos, renovar prescrições e solicitar exames laboratoriais. A norma vai entrar no mês que vem. Quando os leitores foram questionados (24) se tem o hábito de se "consultar" com farmacêuticos, 60% responderam que não, enquanto outros 40% votaram que sim.
RESUMO
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A maioria dos leitores (60%) não tem o hábito de se consultar com farmacêuticos, enquanto 40% disseram que sim. A permissão para farmacêuticos prescreverem medicamentos, renovar prescrições e solicitar exames laboratoriais, conforme resolução do CFF, divide opiniões, com críticas do CFM e da AMB, que consideram a medida uma invasão das atribuições médicas. O CFF defende que a prescrição seguirá critérios científicos e não comerciais, limitando-se a medicamentos sem receita e de tarja preta.
As queixas nas redes sociais foram de quem votou "sim" foi pela demora e condições precárias nos atendimentos nas unidades de saúde, além da confiança no profissional. "Em um país onde é necessário 4, 5 horas para conseguir falar com um médico no posto de saúde, acha que as pessoas não vão se "consultar" com farmacêutico?", comentou Jeff Ceni nas redes.
"Sim, é mais rápido, eles também estudaram, e não precisamos ficar horas esperando nos Upa's. Fora que dão atenção, tem médico que nem na cara do paciente olha", relata Ju Tosta sobre sua experiência com profissionais da saúde pública.
Já como parte da maioria que votou "Não", Fábio Ferreira deixou sua sugestão nas redes. "Eu sou meio cético com relação ao farmacêutico receitar ou indicar um remédio, mas sou a favor do cliente já tendo um histórico de compra de um determinado remédio ou o cliente comprar o remédio específico que ele busca, o farmacêutico poder vendê-lo ao cliente sem a necessidade da receita".
Somente farmacêuticos com RQE (Registro de Qualificação de Especialista) poderão prescrever remédios.
O CFF em nota pública diz que o farmacêutico não pode prescrever todo tipo de medicamento. A atuação continua limitada à prescrição de medicamentos sem receitas e de tarja preta. "Ou seja, nenhuma prescrição feita por um farmacêutico será baseada em achismo ou interesses comerciais, mas, sim, na melhor ciência disponível", em nota do CFF.
O CFM (Conselho Federal de Medicina) e o AMB (Associação Médica Brasileira) se manifestaram contra essa resolução. O Conselho afirma que é uma invasão flagrante das attibuições médicas, enquanto a Associação fiz que é uma tentativa de invasão ao ato médico.
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