Quem pedala garante: Campo Grande não é uma cidade segura para ciclistas
Depois da morte da jovem Emanuelle Gorski, de 21 anos, que foi atropelada enquanto pedalava na Avenida Mato Grosso, o Campo Grande News quis saber dos leitores se a Capital é considerada uma cidade segura para ciclistas. A resposta mostra o quanto quem anda sobre duas rodas está correndo risco.
Para 88% dos leitores, Campo Grande está longe de oferecer segurança, contra apenas 12%.
Refletindo sobre o acidente que levou a ciclista e estudante de Direito na última quarta-feira, o presidente do Fire Bike e coronel do Corpo de Bombeiros, Joilson Santos de Paula, fala que a tragédia gerou uma profunda tristeza e que poderia ter sido ali ele mesmo a vítima.
"Essa situação envolve toda a sociedade, precisamos ter mais cuidado, atenção e só conseguimos isso com conscientização", disse em entrevista nessa sexta (12) durante ato de ciclistas para homenagear a estudante e também pedir mais segurança no trânsito. "O ato é para alerta a população e as autoridades que precisamos melhorar os espaços públicos", falou.
O coronel também reforça o quanto Campo Grande não é segura ao citar as más condições das ciclovias que acumula sujeira e buracos.
Nas redes sociais do Campo Grande News, a pergunta da enquete também enfatiza a falta de conscientização no o trânsito. "O trânsito nunca será seguro para ciclistas nem motoristas enquanto todos sem exceção não respeitarem as leis de trânsito", diz Iriá Niedermeyer.
O leitor Mario Jhonny Schimdt é ainda mais enfático do dizer que falta muito para melhorar. "Nunca, falta muito pra melhorar. A maioria não tem pista para andar, tem que andar pelos corredores dos carros pra chegar em determinados lugares".
Atropelamento e morte - Emanuelle foi atropelada por uma caminhonete S10 que era conduzida por um engenheiro cartográfico, de 62 anos, por volta das 21h40 de quarta-feira (10). A jovem foi resgatada pelo Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência) e morreu 1h depois na Santa Casa de Campo Grande.
Pelo menos dois frentistas de um posto de combustíveis presenciaram o acidente, mas nenhuma das testemunhas foram ouvidas, nem mesmo o engenheiro. Os depoimentos estão marcados para a semana que vem.