Você tem hábito de se "consultar" com farmacêutico?

Resolução do Conselho Federal de Farmácia autoriza farmacêuticos a prescreverem remédios e solicitar exames

Por Raíssa Rojas | 24/03/2025 08:01

Você tem hábito de se "consultar" com farmacêutico? — Estoque de farmácia em Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

A prescrição de remédios por farmacêuticos foi normatizada por resolução publica pelo Conselho Federal de Farmácia, incluindo os que exigem receita médica, além de solicitar exames laboratoriais. Enquanto o Conselho considera uma conquista da categoria, médicos veem prescrição como descaracterização profissional. Na enquete de hoje (24) o Campo Grande News quer saber, você tem hábito de se "consultar" com farmacêutico?

A recente resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) permite que farmacêuticos prescrevam medicamentos, incluindo os que exigem receita médica, e solicitem exames laboratoriais. A medida, que entra em vigor em abril de 2025, é vista como uma conquista pela categoria, mas enfrenta críticas de médicos que a consideram uma descaracterização profissional. Apenas farmacêuticos com Registro de Qualificação de Especialista poderão prescrever. O Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul apoia a norma, enquanto o Sindicato dos Médicos alerta para possíveis desequilíbrios nos atendimentos.

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A resolução nº 5/2025 do Conselho Federal de Farmácia foi publicada no Diário Oficial da União na última segunda-feira (17) e entra em vigor em abril. A norma atribui que apenar farmacêuticos com Registro de Qualificação de Especialista poderão prescrever remédios. O CFF poderá criar listas desses medicamentos que poderão ser receitados.

O Conselho Regional de Farmácia em Mato Grosso do Sul defendeu esta medida, que além de prescreve remédios, também podem renovar receitas. Em entrevista ao Campo Grande News, o farmacêutico e assessor técnico do regional, Ronaldo Costa, disse que a resolução só respalda o que já era previsto em lei e feito no dia a dia dos atendimentos das farmácias.

O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul alerta para o desequilíbrio nos atendimentos individuais, que esta medida pode desrespeitar protocolos e cuidados já estabelecidos.

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