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Esportes

Adolescente treina pesado mirando o sonho de competir nas Olimpíadas de Paris

A família abraçou a ideia e os pais se desdobram na corrida pelo sonho olímpico

Maurício Ribeiro | 05/08/2021 08:31
Os treinadores José Gehilson da Silva  (esq.) e Durval Barbosa Filho (dir.), responsáveis pela preparação de Arthur (centro), rumo sonho de se tornar atleta olímpico. (Foto: Kísie Ainoã)
Os treinadores José Gehilson da Silva  (esq.) e Durval Barbosa Filho (dir.), responsáveis pela preparação de Arthur (centro), rumo sonho de se tornar atleta olímpico. (Foto: Kísie Ainoã)

Atleta da natação há 4 anos, em 2019, Arthur Luiz Arruda Américo (13) intensificou os treinos, quando ele próprio decidiu que fará parte da delegação brasileira nas Olimpíadas de Paris, em 2024.

O desejo de se tornar um atleta olímpico nasceu enquanto o adolescente ainda era uma criança e assistia competições pela TV. “Sempre acompanhei muito as Olimpíadas, principalmente, as disputas da natação e ver a vontade dos atletas de vencer, de conquistar uma medalha, me hipnotizou”, explica Arthur.

O garoto que cursa o 9º ano do ensino médio concilia vida escolar, familiar e social com horas de treinos. “Chego para treinar às 14h30 e saio já próximo das 19h30. Faço aeróbico, alongamento e piscina”, conta ele que também revela a preferência pelo nado costas e pelas provas de 100 e 200 metros da modalidade.

Arthur em uma tarde de treinos na piscina do Rádio Clube Campo, onde trabalha duro diariamente. (Foto: Kísie Ainoã)
Arthur em uma tarde de treinos na piscina do Rádio Clube Campo, onde trabalha duro diariamente. (Foto: Kísie Ainoã)

Para dar conta da correria, os pais se organizam de modo quase orquestral. “Durante a semana, como há todos esses compromissos, toda a rotina é pensada em função dele, tanto a minha, quanto a do pai. Isso de segunda a sábado e quando ele está em vésperas de competições, tem treinos aos domingos também. A gente abdica de muita coisa, mas vale muito a pena porque, se ele tem um sonho, ele precisa ter um respaldo, a gente precisa sonhar junto”, completa a mãe, Graziele Arruda Ferreira (35).

A natação está na família há algum tempo, o pai de Arthur é ex-atleta das piscinas e não esconde o orgulho que sente ao ver o filho seguindo seus passos. “Quando ele nasceu, eu já não praticava mais, mas o esporte sempre esteve presente em casa. Ele viu minhas medalhas, sabe dos meus resultados, inclusive, a gente até brinca de ficar treinando pra bater os meus tempos, melhorar as minhas marcas e hoje, com certeza, ele já me supera”, diz Alan Américo dos Santos, de 39 anos.

Durval Barbosa Filho, um dos treinadores que trabalham com Arthur e que também treinou Alan nos anos 90, fala da evolução do menino no esporte. “Ele tá  bem focado, perdeu bastante peso desde o início dos trabalhos e a tendência é que ele comece a dar resultados a partir deste ano já”.

Dentre as muitas influências no esporte, Arthur não pensa duas vezes ao citar os sul-mato-grossenses Ana Carolina Muniz, medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg (1999) e prata em Santo Domingo (2003) e Leonardo de Deus, finalista olímpico nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Alan e Graziele, pais e cúmplices de Arthur na construção da carreira esportiva. (Foto: Kísie Ainoã)
Alan e Graziele, pais e cúmplices de Arthur na construção da carreira esportiva. (Foto: Kísie Ainoã)


“Quando o Arthur era pequeno, a mãe e a avó sempre falavam que um dia ele estaria nas Olimpíadas e nós estaríamos torcendo por ele. Eu acredito que a gente precisa alimentar os sonhos, se a gente não alimentar, dificilmente se tornarão realidade e nós como pais, precisamos dar todo suporte para que os sonhos de nossos filhos se realizem”, completa Alan.

Um sonho custa caro, e neste caso específico, a frase não é uma metáfora. Para que a rotina seja mantida, a família revela que há muitos gastos. “O lugar onde ele treina fica longe da minha casa, preciso levar de carro, natação por si não é um esporte barato e é difícil achar interessados em abraçar um projeto como o nosso, então, a gente conta com a ajuda de amigos e familiares para custear tudo”, explica Graziele.

Quem quiser ajudar Arthur e família com patrocínio ou doações, pode entrar em contato com os pais através dos telefones (67) 99106-3717 ou (67) 99855-5998.

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