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Esportes

CBF oferece “padronização de seleções” para convencer Tite a ficar no cargo

Futuro presidente da entidade propôs trabalho de uniformização da filosofia desde as categorias de base para contar com treinador no Qatar, em 2022

Humberto Marques | 07/07/2018 16:07
Permanência de Tite é prioridade para o novo comando da CBF. (Foto: Arquivo)
Permanência de Tite é prioridade para o novo comando da CBF. (Foto: Arquivo)

Com a eliminação do Brasil da Copa do Mundo na sexta-feira (6), depois da derrota para a Bélgica nas quartas-de-final do torneio, as atenções da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) se voltaram para a possibilidade de renovação do contrato com o técnico Tite, que terminava no fim do torneio. Para seduzir o treinador, a ideia é dar a ele as rédeas de um plano amplo para revolucionar a gestão do futebol nacional, iniciado nas categorias de base, para identificar potenciais nomes para a seleção principal.

Conforme reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a proposta integra conversa entre o técnico e Rogério Caboclo, futuro presidente da CBF que assumirá em 2019 e projeta um plano de médio e longo prazos para restabelecer a competitividade da seleção. Entre os objetivos, está o fim da dependência em relação a um só jogador.

O projeto também inclui coerência no trabalho de diferentes times de base, a partir dos 12 anos, garantindo um estilo de jogo ao Brasil. Não se trata de uma novidade no futebol, já que o Barcelona realiza isso, permitindo aos jogadores conhecer a filosofia de jogo seguida até o time principal desde cedo.

Incerto – Apesar de ouvir o projeto, Tite preferiu não dar uma resposta sobre a permanência ou não na seleção. Abatido com a eliminação, ele já foi convidado a ficar no cargo e preparar o time para 2022, no Qatar. Mesmo sob elogios pelo trabalho, o treinador prefere aguardar para dar uma resposta –também não há garantias em relação à continuidade de sua comissão técnica.As conversas contam com a participação de Gilmar Veloz, empresário do treinador.

Tite assumiu a seleção no segundo semestre de 2016, ainda na gestão de Marco Polo del Nero, banido do futebol pela Fifa (federação Internacional de Futebol). Sob sua batuta, a seleção deixou o sexto lugar nas eliminatórias para ser a primeira colocada.

Embora não dê a resposta oficial, durante entrevista após a eliminação em Kazan (Rússia), ele teria dado indícios de que deseja ficar –ao afirmar que o desenvolvimento de um trabalho por tempo maior pode ter melhores resultados, algo que já havia dito em outras ocasiões.

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