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Esportes

Em 15 anos, Federação de Futebol recebeu R$ 11,5 milhões em verbas públicas

Somente nos últimos três anos foram mais de R$ 3,2 milhões de recursos do Estado

Por Gabriel Neris | 21/05/2024 09:40
Presidente da Federação de Futebol de MS, Francisco Cezário (Foto: Henrique Kawaminami)
Presidente da Federação de Futebol de MS, Francisco Cezário (Foto: Henrique Kawaminami)

Alvo da Operação “Cartão Vermelho”, deflagrada nesta terça-feira, a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) recebeu nos últimos 15 anos R$ 11,5 milhões de verba pública, somente através de convênio com a Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul).

Nos últimos três anos foram mais de R$ 3,2 milhões. O destino do repasse é para custeio de arbitragem, hospedagem dos times visitantes, alimentação, entre outras despesas previstas apenas para a primeira divisão do Campeonato Estadual.

Para a edição de 2024, que durou exatamente três meses, foi repassado R$ 1,2 milhão, o maior valor depositado desde então.

Procurado pelo Campo Grande News, o ex-diretor-presidente da Fundesporte, Herculano Borges, responsável pelos últimos repasses, afirmou que soube da operação pela imprensa. “Vamos aguardar o teor disso tudo”, limitou-se. Herculano deixou o cargo em abril para disputar as eleições municipais em outubro.

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Operação – O Gaeco cumpre sete mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em Campo Grande, entre eles a casa do presidente da Federação de Futebol, Francisco Cezário, na Vila Taveirópolis, e na sede da entidade, no Amambaí, além de Dourados e Três Lagoas.

A investigação aponta que em 20 meses foram constatados desvios de repasses de convênios com o Estado e também com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Uma das formas de desvio eram saques em espécie de contas bancárias da entidade em valores que não passavam dos R$ 5 mil, para não alertar órgãos de fiscalização, e divididos entre os integrantes.

A organização também utilizava de hotéis pagos para desvio de diárias. Entre setembro de 2018 e fevereiro do ano passado, os valores desviados passaram dos R$ 6 milhões, segundo o Ministério Público Estadual.

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