Focado na categoria de base, Três Lagoas terá um novo modelo de gestão
No planejamento da diretoria, está a implantação de uma escolinha de futebol e a criação de um time de futsal
O Três Lagoas Sport Club, do leste de Mato Grosso do Sul, terá um novo modelo de gestão para o futebol em 2025, o clube cooperativo. O intuito da diretoria é acelerar o desenvolvimento da base da equipe com equipes sub-11 e sub-17. O presidente do clube, Savio Bernandes explica como funcionará o clube.
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O Três Lagoas Sport Club, localizado no leste de Mato Grosso do Sul, implementará um novo modelo de gestão cooperativa para o futebol em 2025, focando no desenvolvimento das categorias de base, incluindo sub-11 e sub-17. O presidente Savio Bernandes destaca que, devido à falta de recursos para uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), os investidores atuarão como sócios participativos. O clube planeja criar uma escolinha de futebol com ensino supervisionado e um sistema de acompanhamento online para os pais. Além disso, pretende organizar torneios regionais para captar novos talentos, enfatizando a necessidade de uma gestão profissional nas categorias de base e a formação de uma comissão técnica completa para garantir a qualidade dos jogadores que chegam ao nível profissional.
“Não temos ainda investimentos suficientes para implantar uma SAF e não se tem notícia de uma SAF de sucesso fora das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Então faremos dos investidores sócios participativos, onde o lucro do produto será dividido” explica Savio Bernardes, presidente do clube.
No planejamento da diretoria está a implantação de uma escolinha de futebol, com um processo de ensino-aprendizagem supervisionado e controle de qualidade, com sistema de filmagens das aulas on-line e os pais podendo acompanhar via aplicativo do clube. O Três Lagoas também pretende montar uma equipe de futsal para participação nas competições da região.
Para captação de jogadores, o clube deve promover torneios em Três Lagoas com equipes da região motivando os garotos a participarem do projeto. “Não faremos muitas coisas diferentes do que já é feito, apenas teremos uma produção de jogadores com uma gestão profissional e de avaliações contínuas para sabermos se estamos no caminho certo. Isso tudo com profissionais capacitados e acostumados a trabalhar nesse novo processo", destaca Bernardes.
Rodrigo Ferreira Alves, executivo de futebol em São Paulo, que participará como gerente de operações, afirma que no Estado não existe nenhum projeto desse porte e com essa configuração. “Hoje o único produto que viabiliza recursos aos clubes é a negociação de jogadores. Mas, para isso, precisamos ter uma linha de produção qualificada desde as escolinhas e esse atleta chegando ao Sub-15 pronto para as atividades de qualquer clube profissional. Jogador de 15 anos que treina duas vezes por semana é um jogador sem grandes possibilidades de negócio”, afirma.
Para Rodrigo, o clube precisa ter uma postura profissional já nas categorias de base se quiser ter um projeto de referência na revelação de atletas. “Outra mudança que tem que ser entendida, é que as equipes Sub-13, Sub-15 e Sub-17 precisam ter sua comissão técnica completa, com treinador formador, auxiliar técnico, preparador físico, assistente social, nutricionista, médico e principalmente um gerente executivo profissional, que pense com a razão”, completa.
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