Na 1ª Maratona, corredores mostram que vitória é cruzar linha de chegada
Primeiros participantes já completaram percursos de 7 km e 21 km e relatam sensação de terminar maratona
Os primeiros participantes já cruzaram a linha de chegada da 1ª Maratona de Campo Grande e mostraram que, independentemente da colocação, superar um desafio pessoal é a melhor vitória.
O evento começou a ser realizado ontem (9), com a corrida kids, e termina hoje (10), com os percursos de 7 km e 21 km.
O vencedor da prova de 21 km foi o educador físico Caio Pompeu, de 32 anos, que viajou de Dourados até a Capital para buscar a medalha. O maratonista decidiu participar da competição como forma de preparação para a Maratona de Buenos Aires, que ocorrerá em 18 de setembro deste ano.
“Eu trabalho com o que pratico, também trouxe alguns alunos para participar. Eu percebo que o exercício físico é transformador, a corrida em si é altamente satisfatória, recebo muitos relatos de alunos que falam que a corrida é transformadora, independente do resultado, porque tem a ver com alcançar objetivos individuais, o que importa é concluir a prova e se sentir vencedor”, ressaltou.
O primeiro a concluir o percurso de 7 km foi o servidor público Samael Medeiros, 31, e se tornou um exemplo para quem sempre sonhou em começar um novo esporte, mas não acha tempo durante a rotina para treinar.
“Moro a uma quadra da pista de corrida do Aero Rancho, então trabalho durante o dia e treino durante a noite. Corro desde os 16 anos, é a minha paixão”, disse. Ele avaliou ainda que o clima da cidade deu um empurrãozinho e conseguiu completar a prova em 24 minutos. “O clima favoreceu bastante por estar bem agradável, o que não dá muita sensação de desgaste”.
Para a tecnóloga em alimentos Sandra Batista, 38, a vitória foi se tornar a primeira mulher a completar a prova de 21 km da 1º Maratona de Campo Grande. Ela relatou ter tido uma semana ruim e uma noite pior ainda, o que a desmotivou durante a corrida. Contudo, quando chegou na metade do percurso, a plateia começou a gritar e a incentivou a continuar.
“Começaram a gritar falando que eu ia ser a primeira mulher a chegar na prova, isso me incentivou muito a manter o ritmo e chegar na final. Apesar de ter tido uma noite ruim de sono, valeu a pena. Corro desde os 11 anos e esse tem sido meu ano, com bastante resultados positivos”, avaliou.
Para o maratonista Carlos Aparecido, 52, a vitória é encontrar a esposa e seus dois filhos ao fim de cada prova que completa, há 12 anos. Emocionado, o douradense cruzou a linha de chegada com a menina de 10 anos no colo.
“Já participei de várias provas, corri até no Uruguai, e toda a chegada é uma superação. Sempre que minha filha está presente, ela corre na minha direção e cruza a linha de chegada comigo”, explicou.
Outro exemplo de superação foi a pedagoga Márcia Pereira, 44, que passou mal e chegou a vomitar durante a prova de 21 km, mas não desistiu e foi recebida por amigos e equipe de apoio na chegada.
“Foi uma prova de muita superação, não me senti bem mas consegui concluir e valeu a pena porque o gostinho da vitória é o melhor”, apontou.